Militar suspeito de furto de armas apresenta laudo psiquiátrico; entenda o caso
Nesta sexta-feira (27), um militar, suspeito de estar envolvido no roubo de 21 armas do Arsenal de Guerra do Exército, no município de Barueri, região metropolitana de São Paulo, apresentou um atestado de saúde alegando tratamento psiquiátrico para se ausentar do quartel.
O militar é cabo do exército e estava acompanhado do seu advogado de defesa quando entregou o documento no quartel. Ele está sendo investigado por ser um dos militares responsáveis pelo furto de 13 metralhadoras calibre 50 e 8 calibre 7,62.
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O furto das armas foi o maior dos últimos anos, aponta instituto
Uma pesquisa realizada pelo Instituto Sou da Paz constatou que o roubo das metralhadoras do Arsenal de Guerra em Barueri foi o maior desvio de armas registrado pelas Forças Armadas desde 2009. Segundo a ONG, de janeiro de 2015 a junho de 2020, 27 armas do Exército foram desviadas no país.
O gerente de projetos do instituto, Bruno Langeani, diz que “uma única metralhadora ponto 50 desta na mão do crime organizado já é capaz de se transformar em uma crise de segurança pública, 13 delas então é um problema de escala nacional”.
No último episódio grande de desvio, também em uma unidade militar de SP, todas as armas foram recuperadas. “Isto só ocorreu depois de 3 meses e com apoios da Polícia Civil e Polícia Federal. Esperamos que o Exército tenha a sabedoria e responsabilidade de envolver novamente estes órgãos”, afirmou Bruno.
Armas desaparecidas estavam “inservíveis”
A ausência do armamento foi notada durante uma inspeção, no dia 10 de outubro, no Arsenal de Guerra em Barueri. As armas desaparecidas não funcionavam e por isso, foram recolhidas para manutenção.
Militares foram presos por sumiço das armas
Na semana passada, 17 militares foram presos administrativamente pelo sumiço do armamento. De acordo com o Comando Militar do Sudeste, os acusados cumprem punição disciplinar por “falha de conduta e/ou erro de procedimento nos processos de fiscalização e controle de armamento”.
Boa parte do armamento já foi achada
A Polícia do Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro, conseguiu encontrar 8 metralhadoras. As armas estavam no bairro Gardênia Azul, na zona oeste da capital fluminense. No dia 21 de outubro, durante a madrugada, a Polícia Civil de São Paulo recuperou mais 9 metralhadoras. Outras 4 permanecem desaparecidas.
Fonte: Poder360