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Suspeitos pela morte de Marielle Franco movimentaram milhões de reais após o crime

Maxwell Simões Corrêa e Ronnie Lessa: movimentação suspeita de grandes quantias após execução de Marielle Franco

A execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em 2018 chocou o Brasil e ainda hoje gera perguntas. Uma investigação recente trouxe à tona dados financeiros preocupantes, que podem indicar atividades ilegais por parte dos suspeitos do crime, Maxwell Simões Corrêa e Ronnie Lessa.

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De acordo com a Polícia Federal (PF), ambos movimentaram quantias expressivas após o crime. O ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, em particular, é suspeito de lavagem de dinheiro. Seu salário de 10 mil reais mensais é incompatível com a movimentação de 1,1 milhão em sua conta pessoal e 5,3 milhões através de uma empresa, no período entre 2019 e 2022.

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Quem é o possível laranja na empresa de Maxwell?

Os valores movimentados por meio de uma empresa, cuja identidade ainda não foi revelada pela investigação, têm gerado suspeitas. A PF descobriu que a empresa foi aberta com a participação de um possível ‘laranja’, que trabalhava em uma loja de vestuário.

As operações financeiras realizadas logo após a abertura da empresa, próximas ao período do crime, apontam para uma possível lavagem de dinheiro. Confirmando-se, os recursos seriam provenientes de origem ilícita.

Qual a ligação de Maxwell com Ronnie Lessa?

Ronnie Lessa, um ex-policial militar, também é suspeito de ter aumentado o patrimônio de forma significativa após o crime contra Marielle. Segundo delação premiada de Élcio de Queiroz, ele teria adquirido uma lancha, uma caminhonete e feito diversas viagens internacionais com seu filho.

De acordo com a mesma delação, Lessa afirmou que a motivação do crime não teria sido financeira, mas pessoal. No entanto, os dados financeiros levantados pela PF contradizem essa versão.

Qual a implicação de Maxwell no planejamento do crime?

Maxwell, além das movimentações financeiras suspeitas, é implicado no planejamento do crime contra Marielle. Segundo a delação de Élcio de Queiroz, Maxwell teria arcado com despesas da família de Élcio após a prisão deste e da defesa do delator.

O ex-bombeiro é apontado pela PF como integrante de uma milícia e explorador de venda clandestina de TV a cabo no bairro do Rocha Miranda, Zona Norte do Rio. Após a prisão de Lessa em 2019, ele teria assumido parte dos negócios ilícitos deste.

As investigações ainda estão em andamento e muitos detalhes precisam ser esclarecidos. As movimentações financeiras suspeitas de Maxwell e Lessa, no entanto, já indicam um quadro preocupante e reforçam a necessidade de uma apuração meticulosa do caso.

Redação

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