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Choque e indignação: Técnico de enfermagem é detido por abuso sexual contra idosa internada em hospital

Um enfermeiro foi preso pela polícia em Sorocaba, acusado de abusar sexualmente de uma idosa de 71 anos que estava internada em um hospital público. O incidente ocorreu em 4 de agosto de 2021, mas o homem só foi detido em 30 de maio deste ano, após a conclusão das pesquisas e análises dos exames realizados. Após análise dos laudos periciais, o enfermeiro de 48 anos teve sua prisão preventiva decretada e está atualmente detido em uma prisão em Sorocaba.

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Infelizmente, a idosa, que já estava com problemas de saúde, veio a falecer um mês após o ocorrido. O nome do hospital onde o abuso aconteceu não foi divulgado pela polícia. O caso foi registrado como violação de vulnerabilidade e está sendo investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Sorocaba.

Segundo a polícia, a denúncia foi feita por uma funcionária do hospital, após relato da vítima. Uma idosa estava internada no local se recuperando de uma cirurgia cardíaca e não tinha um acompanhante devido às restrições da pandemia de Covid-19. Durante a noite, o enfermeiro entrou na enfermaria onde a idosa estava e administrou medicamentos à vítima, deixando-a confusa e com a visão turva. Em seguida, ele afirmou que faria um exame ginecológico e cometeu o estupro.

Apesar de estar sonolenta no momento do crime, a idosa estava consciente e conseguiu identificar o enfermeiro como o autor do estupro

A filha da idosa também foi ouvida pela polícia e relatou que, no dia do incidente, ao visitar a mãe, ela mencionou ter feito um exame vaginal, o que a deixou desconfiada, já que estava internada se recuperando de uma cirurgia e nenhum médico solicitado a necessidade desse tipo de exame. Após os relatos, a vítima passou por um exame de corpo de delito, que revelou um hematoma em seu órgão genital.

O laudo pericial também confirmou o abuso sexual, pois o material genético de outra pessoa foi encontrado nas partes íntimas da idosa. Apesar do estado sonolento no momento do crime, a mulher estava consciente e conseguiu identificar o enfermeiro como o autor do estupro.

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Fonte: G1 – Globo

Durante o inquérito, todos os funcionários que estavam trabalhando na data do incidente foram interrogados e concordaram em fornecer uma amostra de DNA para compará-las com a amostra genética encontrada nos exames da vítima. A polícia afirma que o segundo relatório pericial fortaleceu de forma significativa a hipótese de que o técnico de enfermagem e a vítima são os responsáveis ​​pelo perfil genético encontrado nos testes. Essa investigação durou cerca de dois anos.

“Primeiro, identificamos todas as pessoas que estavam no hospital naquela noite. Em seguida, colhemos a amostra biológica de todas as pessoas interrogadas para compará-las com o material coletado durante o exame médico da vítima. Esse processo demora porque exame de confronto é realizado pelo Instituto de Criminalística de São Paulo”, explicou a delegada titular da DDM, Alessandra Reis dos Santos Silveira, responsável pelo caso.

Apesar das provas, o acusado, que supostamente se aproveitou do período de pandemia para cometer o crime, negou a queixa. Ele está preso e enfrenta a ameaça de violação de vulnerabilidade.

O técnico de enfermagem não possui histórico policial e, até o momento, não há denúncias de outras vítimas. A Polícia Civil orienta a população a procurar uma delegacia em caso de suspeita de abuso sexual e ressalta que qualquer comportamento que faça uma pessoa se sentir constrangido durante um exame deve ser questionado, pois pode ser considerado um abuso.

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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