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Teoria dos Jogos: uma introdução

Teoria dos Jogos: uma introdução

O estudo dos jogos é milenar. Na observância dos jogos e partidas das mais diversas modalidades, e principalmente de seus jogadores, percebeu-se que àquele que toma uma decisão, no jogo, considerando as possíveis jogadas dos adversários, a partir de uma série de elementos como jogos anteriores, exaustão, fome, traumas e lesões, estratégias, mapa mental, tem mais chances de vencê-lo (GREMAUD, et al., 2012).

Dessa forma, com o decurso do tempo e os estudos dos jogos, o termo deixou de ser apenas um gênero de lazer e diversão, para tornar-se, também, uma categoria importantíssima em diversas áreas, como a Matemática e Economia, constituindo-se como instrumento fundamental de análise econômica.

Então, em 1928, a Teoria dos Jogos foi criada pelo matemático John von Neumann, através da demonstração do Teorema Minimax. Contudo, a publicação do livro “Teoria dos Jogos e comportamento econômico” deu-se apenas em 1944, em parceria com o economista Oskar Morgenstern, que, ao proporem a análise do comportamento econômico via perspectiva dos jogos de estratégia (FIGUEIREDO, 2017), chamaram a atenção do público.

Estudaram, principalmente os jogos estritamente competitivos, ou seja, jogos de duas pessoas de soma zero (GREMAUD, et al, 2017). Reformulou-se as bases da Teoria Econômica e o ‘processo competitivo’ reestruturou-se em termos de mecanismos onde os agentes econômicos atuariam de forma estratégica.

Em 1950, a Teoria ganhou novos contornos com o matemático John F. Nash, o qual aplicou o referido Teorema para mais agentes e contribuiu, ainda dentro de jogos não cooperativos, porém, com mais de duas pessoas e soma variável (GREMAUD, et al, 2017, p. 273).

No entanto, somente na metade da década de 60 é que a Teoria dos Jogos se popularizou, a partir da utilização dela como instrumento para a análise, projeto e implementação de mecanismos de alocação de recursos, com Hurvicz (1973) (FIGUEIREDO, 2017).

Assim, jogo é a interação entre agentes, onde os jogadores são os tomadores das decisões, as quais tem o potencial de afetar as ações, omissões e decisões dos demais agentes ou jogadores, de modo que o processo de tomada da decisão (TOMAZINI, 2017) deve e é (re)pensado.

E, portanto, a Teoria dos Jogos consiste no estudo das decisões em situação interativa, não se restringindo à Economia e à Matemática, sendo bastante utilizada pela Ciência Política, Sociologia, Estratégia Militar (PINHO, VASCONCELLOS; TONETO JR, 2012).


REFERÊNCIAS

FIGUEIREDO, Reginaldo Santana. Teoria dos jogos: conceitos, formalização, matemática e aplicação à distribuição de custo conjunto. Disponível aqui. Acesso em: 07 out. 2017.

GREMAUD, Amaury Patrick e BRAGA, Márcio Bobik Teoria dos Jogos: uma introdução. In: GREMAUD, Amaury Patrickk; PINHO, Diva Benevides et al. Manual de economia. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. Cap. 11.

PINHO, Diva Benevides.; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval de; TONETO JR, Rudinei. Introdução à Economia. São Paulo: Saraiva, 2012.

TOMAZINI, Andressa. Anarquismo metodológico nas decisões judiciais. Empório do Direito, Florianópolis, 30 mar 2017. Disponível aqui. Acesso em: 19 maio 2018.

Andressa Tomazini

Pós-Graduanda em Direito Penal e Direito Processual Penal. Pesquisadora.

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