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O que esperar do terceiro filme do Caso Richthofen?

Daniel Cravinhos, um dos responsáveis pelo assassinato do casal von Richthofen há 21 anos, concedeu uma entrevista exclusiva onde revelou que atualmente trabalha com motovelocidade e não deseja ter contato com sua ex-namorada Suzane von Richthofen, que também está em regime aberto após ter progredido em sua pena.

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Enquanto isso, um terceiro filme sobre o caso está sendo aguardado e será chamado de “A Menina Que Matou Os Pais – A Confissão”, abordando a investigação e o julgamento do crime. Ainda não há data de estreia para o novo filme.

Em 31 de outubro de 2002, ocorreu um assassinato em São Paulo, que inicialmente foi considerado um roubo seguido de morte. No entanto, as investigações levaram à descoberta de três indivíduos que confessaram o crime em 8 de novembro.

Em 2006, o julgamento resultou na condenação de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos a 39 anos e 6 meses de prisão, enquanto Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de prisão.

Recentemente, a protagonista do caso, interpretada por Carla Diaz nos filmes, foi solta da prisão em janeiro deste ano, após ter sua pena reduzida e receber progressão para o regime aberto. Ela abriu um ateliê de costura e criou um perfil para sua marca nas redes sociais.

Enquanto estava na prisão, Suzane von Richthofen teve um bom comportamento carcerário

Enquanto estava na prisão, Suzane von Richthofen teve um bom comportamento e iniciou um relacionamento com Rogério Olberg, um serralheiro, mas acabaram se separando em março de 2020.

Em 2021, Suzane von Richthofen obteve nota suficiente no Enem e começou a estudar Biomedicina em uma universidade particular em Taubaté, frequentando as aulas presencialmente durante a noite, de segunda a sexta-feira. Ela retornava para um alojamento coletivo presidiário após as aulas, onde compartilhava o espaço com outras 82 detentas.

Suzane von Richthofen apresentou um trabalho de pesquisa acadêmica em um congresso organizado pela faculdade e foi autorizada a frequentar um curso de informática durante as férias. A ex-detenta tentou impedir o lançamento do filme “A Menina Que Matou Os Pais” e “O Menino Que Matou Meus Pais”, mas seu pedido foi negado pela Justiça.

Daniel Cravinhos, que era namorado de Suzane e tinha 21 anos na época do crime, foi condenado e cumpriu pena em regime fechado. Ele progrediu para o regime semiaberto em 2013 e para o aberto em 2018, o que lhe permitiu cumprir o restante da pena em liberdade.

No entanto, ele voltou ao regime fechado por três meses em 2017 por envolvimento em tráfico de produtos restritos a hospitais dentro da cadeia. Em 2014, Daniel se casou com a biomédica Alyne Bento, filha de uma agente penitenciária, e se separaram em 2022.

Daniel mudou seu sobrenome para “Bento” e hoje trabalha com motovelocidade, pilotando e customizando motos. Em uma entrevista, ele se arrependeu de ter envolvido seu irmão no planejamento do assassinato e afirmou que a ideia do crime foi de Suzane.

Na adaptação cinematográfica dos crimes, Daniel é interpretado por Leonardo Bittencourt.

Cristian Cravinhos foi condenado a 38 anos e 6 meses de prisão por seu envolvimento no assassinato dos pais de Suzane von Richthofen.

Em 2017, ele foi colocado em regime aberto, mas foi posteriormente condenado por corrupção e enviado de volta para a prisão em Tremembé em 2018, aumentando sua pena para 41 anos e 10 meses. Embora tenha sido absolvido da acusação de posse ilegal de munição, foi condenado por tentativa de suborno. Em 2020, ele tentou processar uma produtora de televisão por usar fotos suas sem permissão, mas seu pedido foi negado pela justiça.

Além disso, seu filho pediu a anulação da paternidade, alegando constrangimento por causa do envolvimento de seu pai no assassinato. Em 2009, o garoto já havia conseguido retirar o sobrenome Cravinhos.

Cristian é retratado pelo ator Allan Souza Lima nos filmes “A Menina Que Matou Os Pais” e “O Menino Que Matou Meus Pais”.

Fonte: UOL

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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