Enterrada viva por 83 horas: O terrível sequestro de Barbara Mackle
O famoso sequestro de Barbara Mackle
No apogeu de um dos episódios mais atormentadores dos Estados Unidos, Barbara Mackle, filha do magnata imobiliário Robert F. Mackle, foi raptada e forçada a passar pelo trauma de ser enterrada viva, uma história que ainda hoje abala a cultura popular. O caso aconteceu em uma época um tanto incerta, durante a pandemia da Gripe de Hong Kong, entre 1968 e 1969.
A jovem estava concluindo seus estudos na Emory University em Atlanta, mostrando uma recuperação impressionante, apesar de também ter sido vítima do devastador vírus Influenza A (H3N2). Foi num desses dias que sua vida virou de cabeça para baixo, quando em 17 de dezembro de 1968, foi raptada sob a fachada enganosa de dois supostos policiais.
LEIA MAIS:
Caso 123Milhas é pirâmide? STF determina que donos compareçam à CPI
Alerta Amber: a trágica história que deu origem ao sinal de emergência
A operação de sequestro
A operação foi meticulosamente planejada. Barbara e sua mãe foram abordadas por dois indivíduos que se passavam por policiais em um hotel. A estudante, então, foi imobilizada e feita inconsciente usando clorofórmio, enquanto sua mãe foi mantida acordada para presenciar a aterrorizante cena do sequestro da filha.
Esses supostos policiais eram, na realidade, Gary Stephen Krist e Ruth Eisemann-Schier, cuja identidade feminina foi habilmente disfarçada. Krist era o cérebro por trás das negociações, enquanto Ruth ajudou no rapto, precavendo-se contra suspeitas mantendo-se quieta e usando uma arma para intimidar suas vítimas.
O destino macabro de Barbara
Os sequestradores forçaram Barbara a ficar em uma “caixa de luxo”. O plano sádico de Gary visava pressionar a família a fazer o pagamento do resgate o mais rapidamente possível. A caixa, feita de fibra de vidro, foi equipada com uma bomba de ar, um filtro para evitar inundações, uma lâmpada, água com sedativos e comida.
A negociação paralela
Incapaz de enfrentar o pesadelo de seu filho, Robert Mackle cooperou com os sequestradores e concordou em pagar o resgate exigido. Eles se comunicavam por meio de um jornal local, onde Robert deu seu consentimento para o pagamento do resgate. Infelizmente, a primeira tentativa de pagar o resgate foi frustrada pela chegada da polícia.
Na segunda negociação, Robert pagou com sucesso o resgate. O sequestrador então, identificado como Gary, denunciou anonimamente a localização do enterro ao FBI. Após uma busca intensiva com mais de 100 agentes, o FBI conseguiu localizar a jovem enterrada viva ao ouvir batimentos vindos do solo.
Desfecho da história
Depois de um resgate bem-sucedido e traumatizante, os sequestradores foram julgados e condenados. Gary foi sentenciado à prisão perpétua, mas foi libertado após 10 anos por boa conduta. Ruth, por outro lado, foi condenada a sete anos de prisão, conseguiu liberdade condicional após quatro anos e, finalmente, foi deportada para Honduras, seu país de origem. O caso chocante e infame continua a ser uma história horripilante de sequestro na história americana.