Tesoura de Crocodilo: o castigo desumano para os inimigos dos reis na Europa Medieval
Durante a Europa medieval, o rei era considerado o governante supremo e quem tentasse atentar contra sua vida ou posição poderia enfrentar uma das formas mais cruéis de tortura: a tesoura de crocodilo. Esse instrumento de tortura era usado exclusivamente para aqueles que desafiavam a autoridade do rei e era feito de ferro, lembrando um par de pinças, mas com um diferencial cruel. As tesouras terminavam em lâminas hemicilíndricas forradas de dentes ou pontas, que juntas formavam um tubo longo e estreito.
Quando o prisioneiro era capturado, a tesoura de crocodilo era aquecida ao rubro e usada para arrancar o pênis do corpo do condenado, ou pelo menos infligir dor além de um sangramento arterial grave. Esse método de tortura era um dos mais terríveis da época medieval, pois além da dor, o prisioneiro era mutilado de forma irreversível, tendo sua masculinidade arrancada à força.
Por ser considerado um instrumento de tortura extremamente violento, a tesoura de crocodilo era reservada apenas para aqueles que atentavam contra a vida do rei ou contra a autoridade do reino. A intenção era que essa forma de tortura servisse como exemplo para os demais prisioneiros, evitando assim qualquer tentativa de rebeldia ou desobediência.
Apesar de sua aparência assustadora, a tesoura de crocodilo era usada com frequência na Europa medieval, principalmente durante os julgamentos dos acusados de traição ou rebelião. Essa tortura era tão cruel que muitos prisioneiros preferiam confessar seus crimes, mesmo que falsamente, para evitar a dor intensa que essa tesoura poderia causar.
Devido à sua natureza bárbara, a tesoura de crocodilo foi proibida em toda a Europa em meados do século XVIII, sendo considerada um dos métodos mais desumanos de tortura já utilizados. No entanto, o uso de outros instrumentos de tortura continuou por muitos anos, deixando um legado de sofrimento e brutalidade na história da humanidade.