Caso Thiago Brennand: clube de tiro briga na Justiça para ficar com armas de empresário acusado de estupro
Acontecimentos recentes acirram disputa judicial por arsenal de empresário preso
Caso Thiago Brennand: Em uma situação incomum cheia de nuances, Mônica Montanari de Martino, proprietária de um clube de tiro em São Paulo, está lutando na justiça pelo direito de possuir as armas do empresário Thiago Brennand, que se encontra atualmente encarcerado. Seu argumento baseia-se numa suposta dívida de R$ 350 mil que o empresário teria com o seu clube de tiro.
Thiago Brennand, 43 anos, encontra-se preso preventivamente desde abril de 2023 por uma série de acusações graves, incluindo estupro, tortura, ameaça e cárcere privado, todas das quais alega ser inocente. Com uma coleção de armas impressionante, apreendida em março durante uma operação da Polícia Civil, a tensão entre Brennand e a dona do clube de tiro tem se intensificado.
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Thiago Brennand perdeu o direito de possuir armas
Atuar com armas desde 1994, Thiago Brennand construiu um autêntico arsenal composto por 74 armas de fogo, incluindo 37 pistolas, 28 fuzis, três metralhadoras, três escopetas, um rifle, uma carabina e uma espingarda. Estas armas estavam armazenadas no clube de tiro Atibaia Shooting Academy (ASA), em Atibaia, no interior paulista. Além disso, a doação incluiu uma série de acessórios encontrados na mansão do empresário em Porto Feliz, como lanternas e lunetas de longo alcance.
Mônica foi quem recebeu os policiais civis que cumpriram o mandado de busca e apreensão do arsenal. Dado que estava em negociações com Thiago Brennand para a transferência de 40 armas em seu nome por causa da dívida ativa, a senhora Montanari acredita que tem o direito de ficar com as armas dentro do escopo dessa negociação. De fato, no dia 30 de junho, Mônica apresentou uma petição ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) reivindicando parte do arsenal apreendido.
A situação atual
No entanto, o Ministério Público de São Paulo (MPSP) considera insuficientes os elementos apresentados, já que Brennand não notificou a administração militar sobre a disposição de seu arsenal. Para o MPSP, a reivindicação de Montanari se baseia apenas no protocolo de pedido de transferência das armas, que está desacompanhado da decisão autorizativa do exército.
Atualmente, a Polícia Civil pediu mais tempo para investigar as alegações apresentadas. Enquanto isso, Brennand permanece recluso no Centro de Detenção Provisória 1 (CDP) de Pinheiros, capital paulista, e a disputa pelas suas armas continua ainda sem nenhuma resolução definitiva.
Fonte: Metrópoles