Livros para a liberdade: TJDFT doa 7 mil livros para transformar vidas no sistema prisional do DF
Grande doação de livros jurídicos para reinserção social no DF
No próximo evento marcado para esta quarta-feira, dia 29 de maio, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) realizará uma significativa doação de livros para a Secretaria de Administração Penitenciária do DF (Seape-DF). Esta ação faz parte de um esforço contínuo para facilitar a capacitação profissional e a reinserção social dos internos na sociedade.
A iniciativa de doar mais de 7.000 obras jurídicas é uma maneira de utilizar recursos que já serviram ao tribunal, mas que ainda possuem grande valor educativo e informativo, particularmente para aqueles que buscam uma segunda chance na vida. O evento de doação será realizado no Memorial TJDFT, marcando um importante momento de colaboração entre diferentes setores da justiça e da administração pública.
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Como os livros podem auxiliar na reintegração dos detentos?
O impacto da leitura no desenvolvimento e na ressocialização de detentos é largamente reconhecido por especialistas. Livros oferecem uma janela para outros mundos e novas perspectivas, essenciais para quem está confinado. Segundo o desembargador Roberval Belinati, 1º Vice-Presidente do TJDFT, “Para cada obra lida, após o reconhecimento da Justiça, a pessoa presa terá a pena reduzida em quatro dias”. Isso demonstra não apenas um benefício educacional, mas também um impacto direto na vida prática dos internos.
Por que a escolha por livros jurídicos?
Apesar de algumas dessas obras estarem desatualizadas para fins correntes da justiça, seus conteúdos continuam sendo fundamentais para quem busca compreender melhor seus direitos e deveres. Marcelo Hilário de Moraes, coordenador da Biblioteca Desembargador Antônio Mello Martins, enfatiza que “um livro doutrinário não necessariamente se desatualiza por inteiro, já que seus conceitos tendem a ser mantidos, mesmo que aperfeiçoados posteriormente”.
Impacto futuro da doação
Este evento não apenas simboliza um momento de progresso na interação entre os poderes públicos e a comunidade carcerária, mas também estabelece um precedente para futuras ações similares. O exemplo do TJDFT pode inspirar outras instituições a utilizarem seus recursos de maneira socialmente responsável e eficaz.
A leitura como ferramenta de transformação social é uma visão poderosa, e através de iniciativas como esta, o caminho para a redução da reincidência e o fortalecimento de uma sociedade mais justa e informada se torna cada vez mais tangível. Certamente, os ecos dessa doação serão sentidos por muitos anos, à medida que os livros abrem portas para novas possibilidades na vida dos internos.