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Trabalhadores são resgatados em condição análoga à de escravo

Uma operação deflagrada pela Polícia Federal, conjuntamente com a Superintendência Regional do Trabalho de Sergipe e o Ministério Público do Trabalho, resgatou 11 trabalhadores em condição análoga à de escravo, no interior do estado de Sergipe.

A operação foi iniciada após denúncias de que trabalhadores do Rio Grande do Norte (RN) estavam sendo recrutados para trabalhar no corte de cana-de-açúcar no interior do estado sergipano. Os trabalhadores estariam sendo expostos a jornada exaustiva e degradante de trabalho, além de terem suas locomoções limitadas em face de dívidas contraídas com os empregadores.

As autoridades passaram a investigar e descobriram que 11 pessoas foram recrutadas no Maranhão e no Piauí para trabalhar mais de 12 horas por dia, morando em alojamentos sem camas suficientes para todos, sem ventilação adequada, sem água filtrada, com ausência de utensílios de cozinha, alimentação inadequada e em precárias condições de higiene.

Os trabalhadores também não possuíam equipamentos de proteção para a realização dos afazeres. Os poucos que existiam não eram suficientes para todos e estavam danificados. O local de trabalho não possuía banheiro e nem local para que eles pudessem fazer as refeições. Além disso, sofriam descontos salariais indevidos, o que os impedia de voltar para suas casas e o que lhes sobrava não era suficiente para pagar as passagens de volta. Em razão desses descontos, muitos deles contraiam dívidas com os supostos empregadores, o que os fazia ficarem presos a essa condição.

O responsável pela empresa não foi encontrado em Sergipe no momento das diligências realizadas pela PF, o que impediu a sua prisão em flagrante. Mas a polícia informou que os elementos de prova já foram colhidos e o inquérito devidamente instaurado. O empresário será investigado pelos crimes de condição análoga à de escravo e tráfico de pessoas.

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