Assalto ao Trem pagador: homem mais procurado da Inglaterra viveu no Brasil e foi pai de astro infantil
O “roubo do século”: os ecos do famoso Assalto ao Trem Pagador
O dia 8 de agosto de 1963 foi um marco dos crimes de grande proporção no cenário mundial. A data é lembrada pelo ousado assalto ao trem postal, também conhecido como o Assalto ao Trem Pagador, que trazia consigo uma fortuna de 2,6 milhões de libras esterlinas. A tecnica empregada pelos criminosos chocou a todos: nem mesmo Ronald Biggs, um dos quinze agressores que se apoderaram dessa soma avultada, se tornaria tão emblemático como o próprio crime.
O trem, que fazia o percurso entre Glasgow, na Escócia, e Londres, na Inglaterra, foi surpreendido pela pontualidade e destreza com que foi atacado. Considerado pela grande mídia britânica como o “roubo do século”, o crime ultrapassou as fronteiras da imprensa e da lei: anos mais tarde, o Brasil faria parte desta trama surpreendente.
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Ronald Biggs: de foragido a figura folclórica do Rio de Janeiro
Após ser descoberto em 1974 na capital carioca, Ronald Biggs é preso. Contudo, uma peculiar condição impede sua extradição: sua companheira, brasileira, esperava um filho seu, garantindo sua permanência no país. Este menino se tornaria famoso anos mais tarde como Mike, membro do icônico grupo Balão Mágico.
Como foi o ousado roubo ao Trem Pagador?
O crime, meticulosamente planejado, durou cerca de 20 minutos. Os ladrões, após o assalto, se refugiaram em uma granja e lá dividiram o dinheiro. Seriam identificados dias depois devido a impressões digitais ignoradas.
A trajetória criminal de Biggs e sua vida no Brasil
Desvendado no Brasil pela Scotland Yard em 1974, Biggs vivia uma vida simples, como turista e marceneiro. Sua vida luxuosa só viria com o casamento com Raimunda de Castro, com quem teve um filho. Esta circunstância garantiria sua estadia no Brasil.
Biggs se tornou, então, uma figura folclórica no Rio de Janeiro, participando ativamente das atividades culturais da cidade e desfrutando da fama que levara para sua vida. Já em 2001, depois de um período de liberdade no Rio, Biggs decide retornar à Inglaterra.
Biggs morreu em 2013, aos 84 anos, no Reino Unido. A notícia de sua morte ecoou entre seus amigos e conhecidos no Rio, onde deixou a lembrança de um “gringo carioca” que sabia aproveitar a vida.