Tribunal do Júri na prática: entrevista com Melani Feldmann
Tribunal do Júri na prática: entrevista com Melani Feldmann
A equipe de redação do Canal Ciências Criminais recebe hoje a advogada criminalista Melani Feldmann. Na entrevista, ela fala sobre um pouco sobre que entende pelo Tribunal do Júri, sua maior referência como tribuno, e oferece recomendações práticas para aqueles que desejam iniciar no plenário do júri. Vale a pena conferir e aprender mais sobre júri com Melani Feldmann:
1. Melani, o que é o Tribunal do Júri para você?
Uma paixão! Motivo pelo qual ingressei nos bancos acadêmicos do curso de Direito e a razão de encontrar minha vocação.
2. Quem é a maior referência para você no Tribunal do Júri? E por quê?
Saudoso Dr. Oswaldo de Lia Pires, o leão do Júri, pois tenho nele um tribuno da advocacia criminal de essência, aquela guiada pela psicologia, sociologia, antropologia, etc, na busca da defesa artesanal.
3. Você acredita que as faculdades preparam os alunos para atuar no júri?
Infelizmente, a pragmática do ensino jurídico não habilita os alunos para prática profissional, independente da carreira. Que dirá para funcionar em julgamentos do Tribunal do Júri.
4. Em sua opinião, quais são os maiores obstáculos para quem deseja iniciar no Tribunal do Júri?
Respeitadas as opiniões contrárias, diria que existe apenas um grande obstáculo: querer! Mesmo aquelas pessoas de talento nato precisam aperfeiçoar o dom. Com dedicação e vontade podemos tudo.
5. Quais conselhos/recomendações você daria para quem está prestes a fazer seu primeiro júri?
Seja feliz! É natural que nossos corpos sejam tomados por sentimentos difíceis de administrar, como o medo e a insegurança. Conforme o tempo vai passando… eles nos acompanharão, onde quer que possamos ir. A diferença reside na forma que lidamos com os obstáculos: serão molas propulsoras ou grilhões contentores?
6. Qual a mensagem final você gostaria de dar aos amantes e entusiastas do Tribunal do Júri?
Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana. – Carl Jung
Independente de o processo ser simples ou complexo, devemos ter em mente que a vida e o destino de uma pessoa estão em nossas mãos, cumprindo-nos a responsabilidade de jamais deixar um plenário sem que nossas mentes e corações estejam tranquilos por terem feito tudo que estava ao alcance.
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