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Tribunal recusa pedido do MP e decide que julgamento de Daniel Alves será de portas abertas

As autoridades judiciais espanholas se recusaram a limitar a publicidade em torno do polêmico caso envolvendo o Daniel Alves. O Tribunal de Justiça de Barcelona determinou que as futuras sessões de julgamento serão abertas ao público e à imprensa.

A decisão do Tribunal rejeita o pedido feito pelo Ministério Público da Espanha, que tinha solicitado o julgamento de Daniel Alves de maneira sigilosa, para evitar ainda mais atenção da mídia sobre o caso delicado. A sessão tem início nesta segunda-feira, 5 de fevereiro, e tem previsão para ser encerrada na quarta-feira, 7 de fevereiro.

Julgamento de Daniel Alves por acusação de estupro na Espanha é marcado para fevereiro; ex-jogador será condenado?
Foto: Iconsport

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Veredicto do tribunal e preservação da identidade da vítima

Segundo relatos, a vítima prestará depoimento atrás de um biombo, com a imagem e a voz distorcidas para proteger sua identidade. Ela será referida apenas como “a denunciante” durante todo o julgamento.

O tribunal proibiu qualquer divulgação ou publicação de informações relacionadas à identidade da denunciante, incluindo a captura de imagens de parentes que possam testemunhar.

Justificando a decisão, o tribunal também afirmou que a transparência continua sendo fundamental para garantir que o réu não seja julgado de forma clandestina ou oculta.

Relembre o caso

O caso teve sua primeira repercussão na imprensa espanhola ainda no ano passado. No dia 31 de dezembro, o diário ABC revelou que Daniel Alves teria violentado sexualmente uma jovem na casa noturna Sutton no dia anterior. A mulher esteve acompanhada por amigas a todo o instante e a equipe de segurança da casa noturna acionou a polícia, que colheu o depoimento da vítima.

No dia 10 de janeiro, o Tribunal aceitou a denúncia e passou a investigar o ex-jogador do Barcelona e da seleção brasileira.

Contradições, troca de defesa e incosistências de Daniel Alves

Inconsistências nas versões dadas pelo atleta à Justiça, além da possibilidade de fuga do país europeu, fizeram com que a juíza Maria Concepción Canton Martín decretasse a prisão no dia 20 de janeiro.

Durante o período em que está recluso, o brasileiro mudou o seu depoimento por mais de uma vez, trocou de advogado de defesa e teve negado outros recursos para responder à acusação em liberdade. Além disso, entrou em um processo de divórcio com a modelo e empresária espanhola Joana Sanz, que acabou não indo adiante.

Nas contradições, Daniel Alves chegou a dizer que não conhecia a mulher que o acusava. Depois, argumentou que houve relação sexual com ela, mas de forma consensual.

Após nova mudança de direção, a defesa de Daniel Alves vai alegar, durante o julgamento, que o jogador estava bêbado na noite em que foi acusado do abuso. De acordo com El Periódico, esta nova versão dos fatos, a quinta apresentada pelos advogados, tem a intenção de atenuar a pena do jogador brasileiro, pois o colocaria como “uma pessoa sem conhecimentos de suas ações” em razão dos efeitos do álcool.

Fonte: O Dia

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