True Crime: Estes são os documentários mais IMPACTANTES sobre crimes reais do Brasil e do mundo
O interesse por documentários e programas que exploram crimes reais tem crescido significativamente na indústria do entretenimento. As produções da Brasil Paralelo nesse campo alcançaram milhões de brasileiros, como evidenciado pelo episódio sobre as mortes associadas ao triplex da prisão de Lula, que acumulou mais de 1 milhão e 400 mil visualizações.
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Os documentários
Quem Encomendou a Morte de Celso Daniel?
Os acontecimentos envolvendo a morte de Celso Daniel chocaram o Brasil em 2002 e continuam a gerar repercussão em todo o país. O prefeito de Santo André, Celso Daniel, era uma figura política proeminente do Partido dos Trabalhadores (PT) e visto como um forte candidato a cargos políticos de destaque.
Enquanto saía de uma churrascaria em um dia comum, foi interceptado por vários veículos em uma área residencial. Celso foi sequestrado e brutalmente assassinado, sem que houvesse pedido de resgate.
A história se torna ainda mais misteriosa e sinistra com o passar do tempo. Sete pessoas que eram testemunhas do caso foram mortas em circunstâncias suspeitas.
Diante dessas mortes e do envolvimento de figuras políticas importantes do país, a série de investigações criminais, Investigação Paralela, levantou duas hipóteses principais neste documentário. O possível envolvimento do PT é uma das teorias exploradas.
As Mortes Ligadas ao Triplex
Antes de se tornar o foco da prisão de Lula, o triplex do Guarujá esteve envolvido em outra investigação criminal: as mortes de três diretores da Bancoop — Alessandro Robson Bernardino, Marcelo Rinaldo e o então presidente da cooperativa, Luiz Eduardo Malheiro.
Os três diretores estavam envolvidos em esquemas de corrupção com o PT. O banco que administravam enfrentava uma crise após saques ilícitos por membros do partido. A crise da cooperativa bancária levou-os a exigir a devolução do dinheiro dos membros do Partido dos Trabalhadores.
Em novembro de 2004, os três foram à Feira Nacional da Agricultura Irrigada, em Pernambuco, para uma reunião com Lula. No retorno do evento, o carro em que estavam desviou de sua rota e colidiu com um caminhão, resultando na morte dos três diretores do banco.
Os ocupantes do caminhão não sofreram ferimentos.
A versão oficial afirmou que as mortes foram resultado de um acidente, mas pessoas próximas aos diretores levantaram sérias dúvidas sobre a perícia, sugerindo que as mortes foram resultado de um crime maior.
Assassinato de Marielle Franco
Em 14 de março de 2018, a vereadora Marielle Franco voltava tarde da noite de um compromisso na Lapa, no Rio de Janeiro. Ela estava mediando um debate sobre mulheres negras de favelas, que começou às 18h e terminou às 21h.
Marielle entrou em seu carro e seguia para casa, como de costume, em um dia aparentemente comum. No meio do caminho, um Chevrolet Cobalt que a seguia desde a Lapa acelerou e se aproximou do carro da vereadora.
Quando o veículo de Marielle foi alcançado, um homem que estava no banco do passageiro disparou 13 tiros de submetralhadora, matando a vereadora e o motorista Anderson Gomes.
Os autores materiais do crime foram presos um ano após o assassinato. Ronie Lessa foi condenado por realizar os disparos; Élcio Queiroz foi condenado por dirigir o veículo.
No entanto, apesar da prisão dos executores do crime, o autor intelectual permanece um mistério. Não está claro por que os dois homens mataram a vereadora, e ambos os executores afirmaram ser inocentes.
O assassinato de Marielle Franco gerou comoção internacional. Ela foi homenageada de várias maneiras, incluindo a nomeação de uma praça em Paris em sua memória, homenagens de políticos no Congresso Nacional e manifestações públicas em sua memória.
Em busca de respostas sobre quem está por trás do assassinato de Marielle Franco, o Investigação Paralela investigou o caso e produziu um documentário completo. O programa está disponível no streaming de séries e filmes da Brasil Paralelo.
A Facada em Jair Bolsonaro
Em 6 de setembro de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro estava fazendo campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais. Uma prática comum de sua campanha era interagir com os eleitores pessoalmente, realizando comícios que atraíam multidões para locais abertos, sem estrutura específica para os eventos.
Subitamente, no meio de um desses eventos, um homem da multidão esfaqueou o candidato no abdômen. Bolsonaro foi levado imediatamente para o hospital. O golpe foi desferido de maneira profissional, deixando Jair Bolsonaro à beira da morte.
O agressor era Adélio Bispo, um homem desempregado e sem residência fixa. Adélio já havia sido filiado ao PSOL, um dos principais partidos de oposição a Jair Bolsonaro.
No dia do atentado, Adélio Bispo foi visto entrando no prédio da Câmara dos Deputados em Brasília, em dois registros diferentes.
A administração da Câmara dos Deputados classificou isso como um “erro interno”, e até hoje essa versão não foi contestada ou investigada. Adélio Bispo também foi preso com quatro celulares e um notebook, apesar de afirmar estar desempregado.
No momento de sua prisão, três advogados se apresentaram para defendê-lo. Eles viajaram longas distâncias em jatos particulares para encontrar o criminoso.
Os advogados afirmaram que seus honorários foram pagos por um financiador cujo nome foi mantido em sigilo por um acordo de confidencialidade. A motivação por trás desse financiamento permanece desconhecida.
Adélio foi flagrado por câmeras em 2018 durante uma manifestação de esquerda em Florianópolis, onde defendia o comunismo e expressava apoio a figuras políticas como Lula e Nicolás Maduro.
A Polícia Federal concluiu que o crime contra Jair Bolsonaro não foi planejado por uma organização, mas sim um ato isolado de Adélio Bispo.
Adélio foi diagnosticado com transtorno delirante persistente e considerado inimputável pela Justiça brasileira. No entanto, foi determinada sua internação compulsória na penitenciária federal de Campo Grande por tempo indeterminado, aguardando a cessação de sua periculosidade.
Para muitas pessoas, o crime contra Jair Bolsonaro permanece sem solução. Perguntas sobre quem financiou os advogados de Adélio e como ele foi sustentado antes do crime continuam sem resposta.
A Morte de Clodovil Hernandes
Em 17 de março de 2009, Clodovil Hernandes faleceu. Sem deixar filhos nem herdeiros nomeados, a morte repentina de uma das figuras públicas mais queridas do Brasil foi motivo de luto nacional.
No entanto, pessoas próximas ao deputado e estilista não apenas lamentaram sua morte, mas também levantaram questões. Durante um programa de moda, um amigo íntimo de Clodovil afirmou: “Você sabe de quem era esse projeto [para redução do número de deputados]? Do Clodovil, e por isso ele foi assassinado”.
Essa declaração de Ronaldo Ésper na Record TV, pouco após a morte de Clodovil, é apenas uma das muitas que apontaram inconsistências nas investigações e expuseram as disputas políticas nos bastidores que, segundo eles, levaram ao assassinato de Clodovil Hernandes.
O Caso Maria da Penha
Muitas pessoas têm uma compreensão limitada do caso Maria da Penha, presumindo que ela foi morta pelo marido. No entanto, Maria da Penha está viva e conta sua própria história.
Segundo ela, seu marido tornou-se violento após anos de convivência pacífica e chegou a atirar nela, deixando-a paraplégica.
Embora sua versão tenha sido amplamente divulgada pela mídia e aceita pelos tribunais, pessoas envolvidas diretamente no caso apresentaram versões alternativas. O Investigação Paralela teve acesso a algumas dessas versões, incluindo a de Marco Antônio Heredia, ex-companheiro de Maria da Penha acusado de tê-la ferido gravemente.
O episódio também examinou o processo original e outros documentos para fornecer informações inéditas ao público, incluindo evidências de invasão e roubo na casa do casal no dia do incidente que deixou Maria da Penha paraplégica.
Apesar das controvérsias, o caso Maria da Penha resultou em uma das leis penais mais rigorosas do Brasil, ainda em vigor hoje. O Investigação Paralela entrevistou diversos especialistas para oferecer uma visão completa do caso e das consequências da Lei Maria da Penha.
Assassinato de PC Farias, a Mão Direita de Collor
Paulo César Farias foi tesoureiro e coordenador da campanha de Fernando Collor de Mello, o primeiro presidente eleito desde a ditadura militar. Embora não ocupasse um cargo público formal no governo Collor, atuava como principal conselheiro do presidente.
Em maio de 1992, denúncias de corrupção começaram a surgir, apontando PC Farias como líder de um esquema de desvio de verbas públicas, estimado em 1 bilhão de dólares.
Nesse momento, PC Farias passou a ser procurado pela Polícia Federal e pela Interpol. Ele fugiu do Brasil, viajando por vários países com documentos falsos, fazendo-se passar por um príncipe árabe, em uma fuga digna de Hollywood.
PC foi eventualmente preso, mas após ser libertado e agendado para depor sobre os esquemas de corrupção do governo Collor, foi assassinado em sua própria casa. Desde então, uma questão permanece: quem matou PC Farias?
Os autores materiais foram identificados anos depois, mas o autor intelectual e suas motivações continuam sendo um mistério.
Assassinato do Presidente dos EUA, John F. Kennedy
Em 1963, enquanto buscava a reeleição, John F. Kennedy fez campanha no Texas, acompanhado de sua esposa. No dia 22 de setembro de 1963, quando passeava de limusine pela capital do estado, Kennedy foi baleado duas vezes e faleceu instantaneamente.
Seu suposto assassino, Lee Harvey Oswald, foi preso 80 minutos após o assassinato. Inicialmente acusado de matar um policial, ele logo foi acusado de assassinar o presidente.
Lee alegou inocência em ambos os casos, mas antes que pudesse ser investigado, foi morto. Seu assassino, Jack Ruby, afirmou ter cometido o crime para vingar o presidente e ganhar fama nacional.
No entanto, há alegações de que Ruby tinha conexões com a máfia. A comissão Warren, instaurada pelo vice-presidente Lyndon B. Johnson, concluiu que Lee Harvey Oswald agiu sozinho, apesar das dúvidas levantadas por familiares de Kennedy e por uma parcela significativa da população.
O governo dos EUA autorizou recentemente a liberação de alguns documentos sigilosos relacionados ao caso, mas apenas uma pequena porcentagem foi disponibilizada ao público até agora.
Até hoje, o assassinato de Kennedy continua sendo objeto de especulação e debate, com diversas teorias sendo discutidas, mas nenhuma conclusiva. A liberação gradual dos documentos mantém o interesse no caso em todo o mundo.