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TSE analisa possível crime de Zambelli por porte ilegal de arma

Em um relatório reservado produzido a pedido do gabinete do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, a Corte do Tribunal analisa a possibilidade de a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ter cometido um crime eleitoral no último sábado.

O suposto crime cometido por Zambelli teria ocorrido por portar arma de fogo em local público na véspera da eleição e tumultuar o processo eleitoral.

A pedido de Alexandre de Moraes, TSE analisa possível crime de deputada Zambelli

O documento do setor de inteligência foi obtido pelo Estadão. Na introdução, consta que sua confecção se deu a partir de pedido do juiz Marco Antônio Martin Vargas, auxiliar do gabinete da presidência do TSE, exercida pelo ministro Alexandre de Moraes. 

Em agosto de 2022, o juiz, que atuava na Justiça Estadual de São Paulo, foi nomeado por Moraes em seu gabinete.

Zambelli
Imagem: Correio Braziliense

O texto é assinado por Eduardo Tagliaferro, assessor do Gabinete da Assessoria Especial de Desinformação do Núcleo de Inteligência do TSE. 

Ao longo do documento, Tagliaferro expõe diversas partes do vídeo que circula nas redes sociais em que Zambelli aparece empunhando uma arma e mirando em Luan Araújo, homem a quem a deputada acusa de tê-la ameaçado e agredido.

“Encaminhamos para análise com base na prática (de) crime eleitorais, porte ilegal de arma, desrespeito a resolução 23.708/2022 e tentativa de tumultuar o processo eleitoral”.

Tagliaferro encaminhou o relatório para o gabinete de Moraes, segundo os documentos.

Ele ainda afirma que:

“No vídeo analisado, é possível notar que Carla Zambelli está em envolvida em uma discussão, onde foi verificada que, após discussão, sai em perseguição a uma pessoa, em certo momento, retira de sua cintura, uma arma, aparentemente uma pistola e vai em direção a um bar/restaurante, lotado de populares, sempre com uma arma em mãos, apontada para pessoas”.

Neste sábado (29), a parlamentar bolsonarista sacou e apontou uma arma para pessoas após uma confusão na região dos Jardins, em São Paulo.

Ela diz que foi xingada e empurrada, mas vídeos mostram que, na verdade, ela perseguiu o Luan Araújo depois de ser xingada por ele.

Fonte: Yahoo

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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