Uma homenagem às novas Advogadas Criminalistas
Uma homenagem às novas Advogadas Criminalistas
Ela acorda bem cedo, espreguiça-se na cama, mais um dia…
Dá ordem às coisas como pode e sai.
No carro, pensamentos desordenados e a preocupação em dar conta de tudo.
A placa da porta do escritório indica seu nome bem diante dos olhos. Logo abaixo – Advogada Criminalista, como uma confirmação do porquê está ali.
Café, agenda, conferência dos prazos, mais café.
O peso dos processos pegos em carga, em direção à primeira audiência a desequilibram, fazendo-lhe lembrar o sapato de salto fino vermelho. Ainda assim, a pilha mantém-se alinhada nos seus braços.
Na audiência, saudações respeitosas automatizadas. Cada um toma o seu lugar. O dela, ao lado do réu.
As telas dos computadores nas salas de audiências escondem simbologias subliminares. Localizadas diante do assessor do juiz, estas telas separam-na de quem acusa e de quem julga.
Comarca de juiz substituto; a audiência se dá uma vez por semana. Pressa e a necessidade de cumprimento da longa pauta.
Perguntas, formação da prova, pretensão acusatória e estratégias defensivas sendo expostas. Tudo transcorrendo aceleradamente, até o momento do registro das nulidades pela defesa.
– Ah! Não, Doutora!!!
Seus pensamentos são: a Defesa “atrapalhando” o bom andamento da pauta, fazendo demorar o almoço do juiz e promotor naquele dia.
Ela havia se preparado. Não se deixou abalar pelo tom que se instalara no ambiente. Foi lá e fez o que tinha de fazer. Exerceu o direito de defesa, calma e respeitosamente, consignando o que depois seria motivo de comemoração no recurso favorável ao seu cliente.
Quer estar por dentro de todos os conteúdos do Canal Ciências Criminais?
Siga-nos no Facebook e no Instagram.
Disponibilizamos conteúdos diários para atualizar estudantes, juristas e atores judiciários.