Vazamento sobre delação de Ronnie Lessa abalou equipe que investiga o caso Marielle
No último domingo, 21 de janeiro, o jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicou uma informação que instarou uma crise na investigação do caso Marielle Franco. Trata-se de um suposto acordo de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, acusado de matar a vereadora e o motorista Anderson Gomes. A notícia gera temor de que possíveis delatores se neguem a colaborar com a Justiça.
A Polícia Federal (PF) não confirmou nem negou até agora que a delação de Ronnie tenha sido firmada, repetindo o procedimento padrão adotado nesses casos. Até que haja homologação da Justiça, nada é dito. Extraoficialmente, a orientação na equipe de investigação é tampouco confirmar.
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Em entrevista concedida à imprensa, Andrei Rodrigues, diretor-geral da Polícia Federal, deu um prazo de 70 dias para o desfecho do caso. A previsão mais exata na corporação era que as investigações encerrassem até o próximo 14 de março, quando se completam seis anos do assassinato de Marielle e do motorista Anderson Gomes.
Após a divulgação da notícia pelo jornal O Globo, investigadores cogitam até deixar o caso, se delatores desistirem de avançar com a colaboração, por medo de eventuais retaliações a suas famílias.
Em 2021, as promotoras do caso Marielle também decidiram abandonar o caso, por não terem sido incluídas na negociação da delação premiada de Júlia Melo Lotufo, viúva do Capitão Adriano, matador de aluguel assassinado na Bahia e envolvido com diferentes ramos do crime organizado no Rio de Janeiro.
Fonte: Metrópoles