Veto dos EUA a resolução de cessar-fogo em Gaza desperta críticas e tensiona diplomacia global
O veto dos EUA ao cessar-fogo na Faixa de Gaza provoca críticas internacionais
A negação dos EUA a uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que exigia um imediato cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza provocou críticas de várias nações, incluindo a China. Pequim é assertiva em sua condenação, argumentando que Washington essencialmente deu “luz verde para que o massacre continue”.
Principal aliado de Israel, os EUA acreditam que a resolução proposta pela Argélia poderia comprometer as atuais negociações diplomáticas para alcançar uma trégua, que inclui a libertação de reféns.
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Resposta da China ao veto dos EUA
Em resposta ao veto, o embaixador da China na ONU, Zhang Jun, expressou sua discordância ao argumento dos EUA, chamando-o de “totalmente insustentável”. Jun alertou que “As repercussões do conflito estão desestabilizando toda a região do Oriente Médio, levando a um risco crescente de uma guerra mais ampla”.
A Argélia, que apresentou o texto da resolução, expressou decepção com a decisão. O embaixador argelino na ONU, lamentou que “infelizmente o Conselho de Segurança falhou mais uma vez”, instando os membros a refletirem “como a história vai julgá-los”.
O veto dos EUA não é universalmente apoiado
O veto dos EUA também não foi apoiado por todos os seus aliados. O embaixador da França na ONU lamentou que a resolução não tenha sido adotada “dada a situação desastrosa na região”.
A situação humanitária na Faixa de Gaza continua grave depois dos ataques israelenses. Segundo as Nações Unidas, quase 1,5 milhão de pessoas sofrem na cidade de Rafah, localizada no sul do território palestino, junto à fronteira com o Egito.
Proposta dos EUA para um cessar-fogo temporário
No entanto, os EUA estão trabalhando numa proposta alternativa que pede um “cessar-fogo temporário”, ao mesmo tempo em que se opõe a uma grande ofensiva terrestre por parte de Israel em Rafah. A proposta americana defende o “apoio a um cessar-fogo temporário em Gaza o mais rapidamente possível, com base na fórmula de libertação de todos os reféns”, solicitando ao mesmo tempo a permissão para prestar “assistência humanitária em grande escala”.
O conflito entre Israel e o Hamas começou com o ataque do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro, provocando um contra-ataque israelense que, de acordo com o Ministério da Saúde da Palestina, resultou em mais de 29 mil mortos em Gaza.
Fonte: Agência Brasil