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Vídeo revelador de sogro de cigana morta na Bahia é entregue à polícia

Assassinato de jovem cigana é investigado sob suposição de vingança familiar

A morte da cigana Hyara Flor Santos Alves, de 14 anos, está sob investigação, trazendo à tona um emaranhado de relações familiares conturbadas e suspeitas de vingança. A adolescente, casada com o filho de Júnior Alves, conhecido na comunidade cigana como Amorim, foi supostamente alvejada por ele. Os parentes da vítima sustentam que a morte foi fruto de uma vingança motivada por uma relação extraconjugal envolvendo membros das duas famílias.

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As autoridades estão analisando vídeos e fotos fornecidos pela família da vítima que mostram Júnior Alves, supostamente alcoolizado e manuseando uma arma, num comportamento intimidador e hostil. A morte da jovem ocorreu em Guaratinga, no Sul da Bahia, e seu esposo, filho de Júnior, é apontado como principal autor do disparo que a levou a óbito.

O que diz a família de Hyara?

De acordo com a advogada da família da vítima, Janaína Panhossi, os arquivos foram adicionados à investigação para sustentar “a suspeita da família de que o crime foi intencional e premeditado”. Hiago Alves, pai da vítima, declarou que Júnior costumava postar vídeos ostentando a pistola nas redes sociais, colocando em cheque o caráter impulsivo do ato.

“Há boatos na comunidade cigana de que o meu irmão mantinha uma relação com a mulher dele (Júnior) há mais de seis anos. Então, ele viu uma oportunidade de se vingar”, defende Hiago Alves. Ele sustenta que Júnior teria planejado o casamento do filho com Hyara apenas para ter a oportunidade de eliminar a jovem como forma de punição à família dela.

Investigação da Polícia Civil

A Polícia Civil da Bahia não declarou se Júnior tem posse ou porte de arma. No dia do crime, uma pistola calibre 380 com dois carregadores e munições foi apreendida e encaminhada à perícia. Não se sabe, no entanto, se trata-se da mesma arma que o sogro da vítima manuseia no vídeo.

A investigação segue como feminicídio e os detalhes estão sob sigilo, uma vez que o caso envolve menores de idade. Todos os integrantes da família do noivo, incluindo a mãe, suposta amante do tio da vítima, estão foragidos desde a data do ocorrido.

A confissão do tio de Hyara

Ricardo Silva Alves, tio da vítima, admitiu manter um romance às escondidas com Janaína Alves, mãe do principal suspeito, há pelo menos seis anos. Segundo Ricardo, quando o marido de Janaína descobriu a relação, ele o ameaçou de morte.

Ricardo relata que a relação extraconjugal era de conhecimento da comunidade cigana local e que envolvia presentes caros e ameaças de suicídio por parte de Janaína. Eles se encontravam em motéis na cidade de Eunápolis, sob a desculpa de que Janaína estaria indo à costureira.

Redação

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