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Vídeos desmentem versão de adolescente que abriu fogo em escola; confira

Ações de violência na Escola Estadual Sapopemba geram controvérsia

São Paulo, 23 de outubro de 2023 — Uma sequência de vídeos relacionados ao trágico ataque a tiros na Escola Estadual Sapopemba, zona leste de São Paulo, refuta a versão apresentada pelo adolescente de 16 anos, autor dos disparos, à polícia. O horrendo incidente, que ocorreu no início desta semana, resultou na morte de um estudante e feriu outras duas alunas. O adolescente foi logo apreendido e levado para a Fundação Casa.

Antonio Edio, o advogado do jovem, alegou que os alvos do ataque seriam “dois meninos que faziam bullying contra ele”, em virtude de sua orientação sexual. Contudo, Giovanna Bezerra da Silva, uma estudante de 17 anos, foi atingida e faleceu “acidentalmente” neste atentado.

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Imagem: Metrópoles

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Imagens revelam discrepâncias na versão do atirador

Segundo Edio, “Giovanna foi atingida acidentalmente, o tiro não era para ela. O jovem afirmou que não tinha nada contra ela”. A defesa do atirador alega ainda que Giovanna se interpôs entre os verdadeiros alvos do ataque e o atirador, pensando que a arma fosse de brinquedo.

No entanto, uma gravação de uma câmera de segurança da escola, que capturou o exato momento em que o autor do atentado atira em Giovanna, desmente essa versão. O vídeo mostra nitidamente o adolescente se aproximando por trás de Giovanna, que estava a poucos passos de distância quando atingida na cabeça, na base do degrau de uma escada.

A persistência das contradições nas declarações

Outro vídeo, obtido dentro de uma sala de aula, também questiona a versão do atirador. Neste material, o atirador é visto entrando na sala, cheia de alunos, com a arma em punho e apontando-a na direção de várias meninas. Além das inconsistências nas falas do jovem sobre quem seriam os possíveis alvos, investigações apontam que o jovem atirador conseguiu o revólver calibre 38 e quatro munições de forma clandestina na casa do pai, durante o fim de semana, com intenções de cometer o atentado na segunda-feira.

Bullying severo na escola: desdobramentos da história

O advogado do adolescente afirma que seu cliente sofria bullying severo por ser homossexual e acusa o estado de negligência por não tomar medidas apropriadas. A defesa alega que tais abusos já haviam sido reportados à direção da escola e à Polícia Civil. O adolescente estava inclusive recebendo tratamento em um Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e era acompanhado pelo Conselho Tutelar. No entanto, mesmo diante de tudo isso, nada foi suficientemente eficaz para prevenir o trágico desfecho, segundo o advogado.

O papel das autoridades na situação

Diante da crescente pressão e dos questionamentos, o secretário da Educação de São Paulo, Renato Feder, afirmou que o aluno autor do ataque não aparentava ser um “potencial agressor”. Ele também destacou que à época em que o boletim de ocorrência por agressão foi registrado pela mãe do adolescente, o garoto estudava em uma escola municipal. Entretanto, essas alegações são objeto de debate, principalmente no que diz respeito à eficácia das medidas preventivas ao bullying nas escolas.

Fonte: Metrópoles

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