O uso de celulares vem ajudando cada vez mais as autoridades a registrar flagrantes de crimes, além de servirem como meio de provas em investigações e processos criminais através de vídeos que são gravados por terceiro, pela vítima e até mesmo pelo próprios ofensores.
Entre exemplos recentes, estão o do anestesista Geovani Quintella Bezerra, que foi flagrado por colegas de profissão que começaram a desconfiar de seu comportamento e deixaram um celular filmando dentro do armário de uma sala de cirurgia, e acabou constatando o estupro de uma grávida durante a realização de uma cesárea.
Outro caso foi o do humorista Eddy Júnior que gravou o momento em que sofreu ataques racistas de uma vizinha em outubro do ano passado. “Macaco, imundo, sujo e bandido” foram algumas das palavras usadas por ela para se referir ao comediante.

Pessoas gravam vídeos cometendo crimes
Além das hipóteses em que pessoas são filmadas cometendo atos ilícitos, também há casos em que a própria pessoa filma o momento em que está cometendo o crime. Um exemplo recente foram as ameaças sofridas pelo advogado Cristiano Zanin, que foi abordado dentro do banheiro do aeroporto de Brasília e hostilizado e ameaçado. No caso em questão, o próprio ofensor filmou o ato e divulgou nas redes sociais.
Outro caso foi o do anestesista colombiano Andres Oñate Carrillo, que estava sendo investigado pelo armazenamento de material pornográfico, porém entre as filmagens, as autoridades policiais encontraram registros dele mesmo cometendo o crime de estupro de vulnerável contra pacientes que estavam desacordados.
Vale ressaltar, que embora o Código de Processo Penal seja regido pelo princípio de que nenhum indivíduo é obrigado a fazer provas contra si mesmo, ele não se aplica nos casos citados, uma vez que os indivíduos não foram coagidos a realizarem as filmagens, tampouco a divulgarem nas redes sociais, como aconteceu, por exemplo, no caso do advogado Cristiano Zanin
Fonte: Jornal da Noite