Violência e crimes causam queda no PIB do Brasil
A insegurança tem impactado diretamente a economia do Brasil, causando o fechamento de estabelecimentos e diminuindo o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
A rua Santa Ifigênia, centro de comércio eletrônico na capital paulista, tem sido um exemplo dessa realidade. Em uma década, o número de empresas na região caiu de 15 mil para cerca de 2,5 mil, de acordo com dados da União Santa Ifigênia.
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Impacto da violência no PIB brasileiro
Um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) revela que o PIB brasileiro poderia crescer 0,6 ponto percentual a mais se o nível de criminalidade do país fosse equivalente à média mundial. O impacto da violência na economia também afeta outros países da América Latina, mas em uma proporção menor, cerca de 0,5 ponto percentual.
Consequências da violência para a economia
A violência afeta a economia de várias formas, impactando diretamente na produtividade. Em primeiro lugar, recursos que poderiam ser aplicados em áreas como saúde e educação precisam ser destinados à segurança pública. Em segundo lugar, a violência causa perda de produtividade nos trabalhadores, seja por motivos de saúde ou por homicídios, principalmente em jovens em início de carreira. Além disso, para as empresas, a violência representa um aumento de custo de produção, dificuldade em reter mão-de-obra e até fechamento de estabelecimentos.
Exemplos de impacto da violência na América Latina
Além do Brasil, outros países da América Latina também sofrem com o impacto da violência na economia. Na Colômbia, por exemplo, extorsões causadas por grupos criminosos levam ao fechamento de negócios, aumento de preços de alimentos e restrições de mobilidade. Além disso, diversas regiões do país são abandonadas devido à presença de grupos armados.
Como resolver o problema?
Para mitigar o impacto da violência na economia, especialistas indicam a necessidade de ações bem planejadas e gastos inteligentes.
Primeiro, é fundamental ter um diagnóstico preciso da situação. Em segundo lugar, os especialistas recomendam diminuir o tamanho e o poder dos grupos criminosos e reduzir o interesse dos jovens nessas organizações. Por fim, é necessário que haja uma coordenação e uma agenda de longo prazo para enfrentar este desafio, evitando que as ações sejam interrompidas por mudanças de governo.
Fonte: Estadão