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Reviravolta no Haiti: Viúva do presidente Jovenel Moïse é acusada por assassinato

Em uma reviravolta surpreendente nos eventos que se seguiram ao assassinato do presidente do Haiti, Jovenel Moïse, a esposa do presidente, Martina Moïse, foi recentemente acusada pela Justiça do país.

A alegação é de que a viúva do presidente estaria envolvida no crime que ocorreu em julho de 2021, que chocou e mergulhou o país em mais instabilidade política.

Martina Moïse
Foto: New York Times

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O que diz a acusação

Um documento de acusação de 122 páginas lista Martina e 50 outras pessoas como sendo suspeitas de envolvimento na morte de Moïse. Segundo este documento, a viúva de Jovenel teria dado declarações contraditórias sobre o ataque, que, junto com outros indícios, teriam sido suficientes para sua acusação.

A acusação levanta algumas questões cruciais sobre a morte do ex-presidente do Haiti e os eventos que se seguiram. Segundo o juiz Walther Voltaire, a viúva Martina e as outras 50 pessoas deveriam ser levadas a julgamento para responder por acusações de associação criminosa, roubo à mão armada, terrorismo, assassinato e participação em assassinato.

A defesa da viúva do presidente

As reações às acusações foram predominantemente de choque, especialmente dado o fato de que Martina foi ferida no ataque que matou o marido. Seu advogado, Paul Turner, rejeitou categoricamente as acusações, argumentando que Martina foi vítima, assim como seus filhos que estavam presentes durante o ataque.

Outros acusados

Além da ex-primeira-dama, o ex-primeiro-ministro interino, Claude Joseph, e o ex-diretor da polícia nacional, Leon Charles, também foram acusados. O documento de acusação menciona que há “provas suficientes” para afirmar a participação de ambos no assassinato de Moïse. No entanto, um relato semelhante feito por Joseph Badio, um dos principais réus sob custódia, implicou Martina Moïse em uma suposta conspiração para assumir a presidência.

Uma investigação questionada

Desde a morte de seu marido, a viúva Martina Moïse tem criticado alegadamente a investigação das autoridades haitianas, alegando que houve pouco esforço para descobrir os cérebros por trás do crime. Esta acusação recente levanta mais questões sobre a validade dessas preocupações e o caminho que a investigação irá tomar a partir de agora.

Nos próximos dias e semanas, os haitianos e o mundo inteiro aguardarão ansiosamente o desdobramento desses processos judiciais. A esperança é que a verdadeira natureza do assassinato de Jovenel Moïse seja revelada e que a justiça seja finalmente servida.

Fonte: O Globo

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