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Armas de Guerra são entregues ao crime organizado no Brasil; controle precisa ser URGENTE

Desvio de armas do Exército Brasileiro

Após um mandato de quatro anos sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro, a missão do Exército de contribuir para o controle do mercado legal de armas e fiscalizar as fronteiras a fim de interromper fluxos ilegais de armas e munições não apenas não foi cumprida, mas também tomou uma direção oposta.

A responsabilidade do Exército

Com o consentimento ou apoio direto do Exército, Bolsonaro liberou a posse de até 30 fuzis por pessoa, abrindo espaço para esquemas ilegais de fornecimento ao crime. Além disso, a instituição não questionou a ordem do então presidente, dada através de uma rede social, para revogar portarias que aprimoravam o rastreio de armas.

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O alerta do TCU 

canalcienciascriminais.com.br 21 metralhadoras furtadas do exercito caso e o maior desvio de armas desde 2019 image
Foto: Exército Brasileiro

Durante uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), o Brasil foi surpreendido pelo mais grave desvio de armas do Exército desde 2009, conforme levantamento do Instituto Sou da Paz. 

Vinte e uma metralhadoras foram desviadas de um quartel em Barueri (SP), armas automáticas capazes de disparar centenas de projéteis por minuto e atingir alvos a dois quilômetros.

A gravidade da situação é acentuada pelo fato de uma semana ter transcorrido entre a descoberta do problema e a confirmação de que as armas estavam em paradeiro desconhecido. Mesmo após o alerta emitido em 10 de outubro, constatou-se que o arsenal havia desaparecido semanas antes, destacando a fragilidade do controle de artefatos perigosos em áreas militares.

O papel das polícias estaduais

Felizmente, a polícia fluminense conseguiu recuperar dez das metralhadoras, enquanto outras nove foram encontradas em São Roque pela Polícia Civil de São Paulo após um tiroteio. No entanto, não houve prisões em ambos os casos. A polícia do Rio, que já enfrentou consequências letais de armamento desviado, demonstra a importância de combater o desvio de armas.

Necessidade de melhorias no controle de arsenais

O Instituto Sou da Paz tem alertado há anos sobre a urgência da melhoria do controle de arsenais públicos. Em 2021, um relatório revelou que, em cinco anos, 323 armas e 18 mil munições foram desviadas das forças federais. 

O desvio de armas também é uma realidade em forças estaduais, como evidenciado pelo caso em que criminosos do PCC utilizaram fuzis desviados da Polícia Militar de São Paulo para realizar um mega-assalto em 2021.

A falta de sistemas informatizados

Recentemente, o Conselho do Ministério Público iniciou um estudo sobre a necessidade de um controle mais rigoroso dos arsenais das polícias, descobrindo que muitas delas ainda não possuem sistemas informatizados para o controle de suas armas.

Necessidade de ações imediatas

No caso de Barueri, é essencial que as últimas metralhadoras sejam rapidamente recuperadas. No entanto, mais crucial ainda é que este incidente, juntamente com outros casos similares, sirva de exemplo para uma revisão abrangente, identificando todas as falhas que contribuíram para desvios que colocam armas financiadas pelo público nas mãos do crime organizado. A inaceitabilidade de 21 metralhadoras desaparecerem exige ações imediatas para evitar a repetição de tais eventos.

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