Famosa empresa é denunciada por estelionato em consórcio de cirurgias plásticas
Denúncias de estelionato em consórcio de cirurgias plásticas
Um grupo de mulheres compartilhou suas experiências de terem sido vítimas de um esquema de estelionato depois de aderirem a um consórcio de cirurgias plásticas.
Três clientes, entrevistadas, alegam que a representante da empresa, Ana Paula Barbosa dos Santos, desapareceu sem agendar os procedimentos ou reembolsar os valores pagos. Várias outras pessoas também foram afetadas, de acordo com as vítimas.
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Mulheres enganadas pelo consórcio
Maria da Conceição do Nascimento, de 45 anos e técnica de enfermagem, foi uma das vítimas desse esquema. Ela iniciou o pagamento de um consórcio com a empresa SDV em 2019, e embora tenha sido contemplada em 2020, a cirurgia foi adiada devido à pandemia.
Maria conta que, após o sorteio, a representante Ana Paula Barbosa dos Santos se tornou inacessível, levando-a a tomar medidas legais e registrar um boletim de ocorrência com um grupo de vítimas.
Empresa de estética suspeita
A empresa SDV, contratada para administrar o consórcio, está registrada na Receita Federal como Ana Santos Serviços de Estética LTDA. No contrato assinado por Maria da Conceição, Ana Paula Barbosa dos Santos é mencionada como a representante da empresa, responsável por todas as negociações.
O número de vítimas desse golpe continua a aumentar, com mais de 30 boletins de ocorrência registrados até o momento.
As vítimas alegam que Ana Paula realizou algumas cirurgias no início para ganhar confiança e, em seguida, desapareceu, deixando de responder às tentativas de contato.
Detalhes do consórcio
O plano de consórcio contratado por Maria da Conceição envolvia o pagamento de 48 parcelas mensais de R$ 300, com um crédito total de R$ 12 mil.
Ao longo dos anos, Maria afirma ter investido quase R$ 15 mil até janeiro de 2023.
A suspeita de que se tratava de um golpe surgiu em outubro de 2022, quando Maria viu uma reportagem sobre o assunto na TV.
Outras vítimas do golpe
Outra vítima, Keyla dos Santos Ferro, uma cuidadora de idosos, contratou o consórcio em setembro de 2020. Ela investiu R$ 8 mil para realizar uma lipoaspiração e um enxerto nas mamas. No entanto, ela também se deparou com o desaparecimento da representante da empresa após pagar 22 parcelas.
Veridiana da Silveira Távora, uma vigilante, optou por desistir do procedimento estético e pedir o reembolso de R$ 12 mil que havia pago ao consórcio, pois planejava se mudar para Portugal. No entanto, após entregar sua conta bancária para Ana Paula, ela foi bloqueada e não recebeu o dinheiro.
Investigação em andamento
A Polícia Civil de Pernambuco está investigando o caso, sob a supervisão da delegada Viviane Santa Cruz, na Delegacia de Estelionato.
As diligências continuam em andamento para esclarecer o esquema de estelionato envolvendo o consórcio de cirurgias plásticas.
