Investigação revela técnicas surpreendentes de fuga em penitenciária de Mossoró
Investigação revela técnicas utilizadas por detentos para fuga em penitenciária de segurança máxima
Especialistas do Instituto Nacional de Criminalística estão a utilizar equipamento de ponta para analisar minuciosamente todas as celas do Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, numa tentativa de entender os métodos utilizados pelos criminosos que lá estavam detidos para realizar uma complexa fuga.
Apesar de ainda estarem a investigar todos os detalhes, uma coisa é certa: a fuga dos detentos não foi uma tarefa fácil. Os peritos acreditam que a operação levou mais de três dias até ser concluída.
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Uma mistura improvável foi utilizada na fuga
Já se sabe que os detentos utilizaram uma combinação de sabonete e papel higiênico para disfarçar os buracos nas paredes. “A gente ainda está sobre investigação. É importante destacar que foi necessário uma primeira ferramenta. Agora, como essa ferramenta e como eles conseguiram, a gente ainda não tem essa resposta”, afirma a perita criminal federal Luciana Lobato Schmidt.
A rota da fuga
A rota de fuga começou nas celas individuais, onde cada preso removeu a luminária embutida na parede, para depois abrir um buraco que dava acesso à área de serviço conhecida como shaft. Esta zona contém dutos, redes elétricas e até uma escada que conduz ao telhado do presídio.
Uma vez no telhado, era apenas preciso deslocar uma das telhas e saltar para o pátio do presídio. Daí, os detentos necessitaram de passar por um tapume de metal posicionado devido às obras em andamento na penitenciária, antes de usarem um alicate deixado pelos operários para cortar partes da vedação e finalmente escapar.
Problemas de segurança em questão
Vídeos de segurança da penitenciária que foram obtidos pela emissora brasileira “Fantástico” revelam a má qualidade das imagens captadas pelas câmeras, levantando questões sobre o estado das condições de monitoramento oferecidas pela instalação.
Esta fuga, que ocorreu às 3h da manhã de quarta-feira (14), só foi notada quase duas horas depois pelos guardas prisionais. Agora, a Polícia Federal está investigando se a fuga foi facilitada por membros do pessoal prisional ou pelos operários presentes no presídio devido às obras de renovação.