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‘O Sequestro do Voo 375’: filme mostra crime real brasileiro que foi estudado até por Bin Laden

Em 1988, eu era apenas um “tamanho de gente”, como a minha avó gostava de dizer, totalmente alheio ao sequestro dramático dos passageiros do Voo 375, de Rondônia para o Rio de Janeiro. Aqueles eram tempos difíceis no Brasil, assolado por uma crise econômica e com José Sarney na presidência. O responsável pelo sequestro, Raimundo Nonato Alves da Conceição, tinha como alvo o Palácio do Planalto, estabelecendo uma ameaça direta ao poder do país.

Recentemente, um filme baseado nos acontecimentos desse caso chocante chegou aos cinemas, impressionando pela sua abordagem realista dos eventos e a retratação da década de 80. Tudo ganha vida diante dos nossos olhos – o heroísmo do piloto, a coragem de uma mulher em meio ao caos e, surpreendentemente, a informação de que esse crime brasileiro foi estudado por Osama Bin Laden antes do trágico ataque às Torres Gêmeas.

Bin Laden
Imagem: La Informacion

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Impressões iniciais do filme

Parte de sua eficácia está na maneira como o filme começa, apresentando-nos o piloto retornando ao aeroporto com sua família após suas férias. Podemos sentir a tensão do aeroporto e acompanhar os passageiros entrando a bordo do voo 375. Paralelamente, somos conduzidos à realidade da família de Nonato, em Coroadinho, Maranhão. O sequestrador, frustrado e desempregado, liga para a mãe, perguntando sobre sua filha e prometendo mandar dinheiro e voltar em breve.

Desenrolar do sequestro do voo 375

As coisas começam a tomar um rumo sinistro quando Nonato leva sua amargura e insatisfação com a presidência às últimas consequências. O sequestro é anunciado e, embora um membro da tripulação tente impedir a ação, acaba sendo atingido por um tiro. O sequestrador consegue acesso à cabine do piloto e exige que a rota seja alterada para Brasília.

Consequências devastadoras se seguem, com o piloto perdendo o controle automático do avião devido a disparos adicionais. Ele tenta negociar com o criminoso, mas logo fica claro que as intenções do sequestrador vão além do dinheiro: ele quer derrubar o avião no Palácio e matar Sarney. Enquanto isso, o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) percebe que algo está errado e começa a decodificar os códigos do piloto.

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Uma situação intensa

Em pouco tempo, cinco caças são enviados para Brasília, e uma servidora do Cindacta é encarregada de negociar com o sequestrador. A situação se agrava, enquanto os envolvidos tentam decidir se abatem o avião comercial cheio de passageiros ou se prosseguem com as negociações. As cenas finais são cheias de tensão, cobrindo as oito horas de duração do sequestro.

O final do filme, sem revelar nenhum spoiler, lançará uma nova luz sobre esses eventos históricos. Quem poderia imaginar que esse caso brasileiro seria estudado por Osama Bin Laden antes do ataque às Torres Gêmeas? E quanto ao ato heróico do piloto, será que ele foi devidamente reconhecido? Para descobrir, é necessário ver pessoalmente o filme, disponível em diversos horários nas principais redes de cinema brasileiras (UCI, Cinemark e Cinépolis).

Redação

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