Noticias

Caso da menina Heloísa: agente da PRF que invadiu hospital já foi demitido da corporação por envolvimento com Máfia

Agente já foi investigado por suposto envolvimento na Máfia dos Combustíveis

O agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), que entrou à paisana no hospital para onde a menina Heloísa havia sido levada após ser atingida por um disparo de arma de fogo realizado durante uma operação, chegou a ser investigado e demitido por envolvimento na Máfia dos Combustíveis. Porém a decisão foi revertida pelo poder judiciário e o servidor público foi reintegrado aos quadros da corporação.

18prf
Agente Newton Agripino aparece em imagens de câmeras do Hospital. Imagem: G1

Leia mais:

Quais foram as condenações mais severas da Chacina de Curió?

Reincidência: brasileiro capturado nos EUA já havia fugido de outros tipos de prisões; entenda

Agente da PRF é investigado

Newton Agripino de Oliveira Filho esteve entre os alvos da Operação Poeira no Asfalto, conduzida pela Polícia Federal (PF) em novembro de 2004, com foco em desmantelar um esquema de adulteração de combustíveis e evasão fiscal. Naquela época, Newton ocupava o cargo na 5ª Superintendência Regional e era o chefe do Núcleo de Operações Especiais.

De acordo com as investigações, o agente Newton era suspeito de facilitar abastecimentos fictícios em veículos oficiais da PRF, visando se apropriar do dinheiro correspondente. Os registros de horários em que as bombas dos postos eram acionadas para o abastecimento dos carros apareciam como praticamente simultâneos — o que era incompatível com o tempo necessário para completar o abastecimento de cada veículo.

Em 2009, a PRF demitiu Newton. Em 2017, ele virou réu após o juiz Vitor Barbosa Valpuesta, da 3ª Vara Federal Criminal, aceitar denúncia do Ministério Público Federal (MPF).

Em 2019, porém, a juíza Rosália Monteiro Figueira, da mesma vara, absolveu Newton por entender que a acusação de peculato (desvio de dinheiro público) “não restou devidamente comprovada”.

Em janeiro de 2020, Newton foi reintegrado à PRF. Em 2021, ele foi nomeado chefe da Seção de Tecnologia da Informação e Comunicação da PRF no Rio.

Atualmente, Nilton Agripino está lotado no posto da PRF da Pavuna.

Agentes da PRF vão até o hospital

Newton foi um dos 28 policiais rodoviários federais que, segundo a família de Heloísa, estiveram no hospital logo após o incidente de 7 de setembro que resultou na morte da menina.

No pedido de prisão feito pelo Ministério Público, o órgão citou a conduta de Newton e destacou:

 “O policial rodoviário federal Newton Agripino de Oliveira Filho, conforme amplamente divulgado nos veículos de mídia nacional, ingressou sem autorização nas dependências do CTI do Hospital em questão. De mais a mais, este policial assediou o pai de Heloísa, buscando estabelecer conexões sem que isto fizesse parte de qualquer estratégia de ajuda institucional.”

Fonte: G1

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo