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Polícia investiga estudantes de medicina por simularem masturbação em jogo de vôlei feminino

Estudantes de Medicina da Universidade Santo Amaro sob investigação policial por ato de obscenidade pública em evento esportivo

Nesta segunda-feira (18/9), a Polícia Civil iniciou um inquérito para identificar os alunos de Medicina da Universidade Santo Amaro que foram acusados de realizar um ato explicitamente obsceno durante um evento esportivo. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), o ato teria configurado crime, com pena prevista de três meses a um ano de prisão.

O incidente teria ocorrido na cidade de São Carlos, no interior de São Paulo. As investigações partiram de vídeos divulgados pela imprensa e publicados em redes sociais. A Universidade Santo Amaro, bem como a Secretaria Municipal de Esportes de São Carlos, já foram notificadas para prestar informações à polícia.

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Imagem: Brasil 247

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O que foi o “Punhetaço” dos estudantes de Medicina?

Durante a Copa Calo, entre os dias 28 de abril e 1º de maio deste ano, um grupo de estudantes de medicina da universidade, pertencentes ao time de futsal masculino, invadiu a quadra para comemorar a vitória de um jogo de vôlei feminino. Foi nesse momento que, segundo vídeos postados nas redes sociais, os estudantes abaixaram as calças e expuseram suas genitálias, provocando revolta e indignação ao público presente e internautas. O incidente foi apelidado de “punhetaço”.

De acordo com o artigo 233 do Código Penal brasileiro, é proibido praticar ato obsceno em lugar público, aberto ou exposto ao público. A legislação prevê pena de até um ano de reclusão ou multa para os infratores. Este é o crime que os estudantes estão sendo acusados de praticar.

Uma tradição controversa nos jogos universitários de medicina?

Certamente, a maioria das pessoas ficaria chocada e ofendida por esse tipo de comportamento. No entanto, alguns alunos da Universidade Santo Amaro afirmam que essa prática é considerada normal em eventos universitários de medicina. “A gente sabe separar as coisas. Ninguém vai sair fazendo isso por aí“, disse um dos estudantes à nossa equipe de reportagem.

Nessa linha de pensamento, vale salientar que normas sociais e leis são dois parâmetros distintos. Embora possa haver um debate a respeito da aceitabilidade social dessa prática nos eventos universitários de medicina, a lei, por outro lado, é objetiva e clara ao criminalizar atos públicos de obscenidade.

Este caso reabre o debate sobre o papel das tradições estudantis, os limites aceitáveis de comportamento em espaços públicos e a necessidade de construirmos um ambiente universitário mais respeitoso e inclusivo. Afinal, até que ponto uma “tradição” pode servir como desculpa para comportamentos ofensivos e mesmo ilegais?

Fonte: Metrópoles

Redação

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