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Amor e Morte: Elizabeth Olsen brilha como assassina em série True Crime da HBO

Foi lançada recentemente uma nova série chamada “Amor e Morte”, que retrata um crime real que ocorreu nos Estados Unidos na década de 1980. A minissérie é estrelada por Elizabeth Olsen, famosa por interpretar a personagem Wanda em filmes da Marvel.

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O enredo gira em torno de Candy Montgomery, que assassinou brutalmente Betty Gore, amiga e esposa de seu amante, usando um machado para desferir 41 golpes mortais.

A série é ambientada na época em que o crime aconteceu, onde a comunicação era predominantemente pessoal, e as personagens Candy e Betty levavam uma vida ativa apesar de serem donas de casa. A caracterização dos personagens e da época em que viviam é retratada com precisão na série.

Candy Montgomery era uma mulher que, em uma época em que a maioria das mulheres se contentava em ser esposa e mãe, desejava mais emoção em sua vida. Ela sugeriu a Allan, marido de Betty, que tivessem um caso extraconjugal, e ele concordou.

Elizabeth Olsen trouxe sua habilidade em interpretar personagens complexas, como Wanda, para dar vida a Candy, destacando seus diálogos excêntricos e mostrando uma excelente atuação.

Embora a série seja bem produzida e informativa, sua trama falha em focar em um tema central

Embora a série “Amor e Morte” seja bem produzida e informativa ao contar uma história real que continua assustando as pessoas até hoje, sua trama falha em focar em um tema central.

No início, não fica claro se a série se concentra apenas no assassinato em si ou se pretende chocar o público com o acontecimento brutal. Se for o primeiro caso, a trama se torna repetitiva, já que o caso de Candy e Betty já foi explorado em outras produções. Se for o segundo, a série não aborda adequadamente o confronto e o assassinato em si.

Se a intenção da série “Amor e Morte” era focar no julgamento de Candy e mostrar como ela foi inocentada, não fica claro se o objetivo é afirmar que ela agiu em legítima defesa ou questionar a decisão dos juízes.

A trama parece tentar abordar todos esses aspectos ao mesmo tempo, o que torna difícil entender qual é o verdadeiro propósito da série em relação a Candy Montgomery. Apesar disso, a série apresenta uma história intrigante e a escolha de Elizabeth Olsen para o papel principal foi acertada. A atriz transmite muito bem a personalidade de Candy, mostrando-a como uma pessoa perturbada desde o início da série, em pequenos detalhes de sua atuação.

No final da série “Amor e Morte”, fica difícil entender a verdadeira transformação da personagem Candy Montgomery e se ela sente remorso ou orgulho pelo assassinato de Betty, ou se realmente agiu em legítima defesa. Embora tenha sido inocentada pelo júri, que alegou legítima defesa, a quantidade de golpes aplicados por Candy não foi necessária.

Embora a atuação de Elizabeth Olsen tenha sido convincente, é difícil acreditar na personagem de Candy Montgomery, independentemente do que tenha passado pela mente da assassina desde o início de seu relacionamento com Allan até o final do julgamento.

Talvez essa dúvida seja o único motivo para a existência da produção.

Amor e Morte acaba de estrear na HBO Max.

Fonte: Terra

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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