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Deepfake: Empresas utilizam inteligência artificial para combater crimes digitais que se valem da mesma tecnologia

Deepfake e suas implicações

Patrick Hillmann, ex-diretor de Comunicações da maior corretora de criptomoedas global, enfrentou uma situação delicada quando vídeos seus foram utilizados na criação de uma versão falsa. Esta versão fraudulenta, criada por cibercriminosos, disseminava convites para reuniões com potenciais clientes. Hillmann, então executivo da Binance, teve que se manifestar publicamente, revelando que a inteligência artificial (IA) estava sendo empregada pelos golpistas para perpetrar crimes em seu nome.

Inteligência artificial nas mãos erradas

A técnica utilizada para recriar Hillmann, conhecida como deepfake, não é exclusiva de crimes corporativos. Recentemente, estudantes de uma escola particular no Rio de Janeiro usaram deepfakes para disseminar imagens falsas de colegas nuas. 

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Os deepfakes consistem em conteúdos gerados por IA, como imagens, vídeos ou áudios, que conseguem simular a voz, fotografias ou até mesmo sequências em movimento de uma pessoa, tornando difícil distinguir entre o que é verdadeiro e o que é falso.

O amplo impacto global dos Deepfakes

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Imagem: Vecteezy

Esses casos não são isolados e representam uma crescente ameaça para indivíduos, desde anônimos até celebridades, assim como para o mundo dos negócios. 

A inteligência artificial possui a capacidade de amplificar o potencial e os danos causados por crimes cibernéticos. Diante disso, empresas de tecnologia estão utilizando a própria IA no desenvolvimento de soluções para combater o uso indevido dessa nova tecnologia.

Quatro ameaças impulsionadas pela inteligência artificial

  1. Deepfakes Aprimorados: A manipulação de vídeos, imagens e áudios torna-se acessível a quase todos por meio de sistemas de inteligência artificial generativa, resultando em conteúdos mais realistas.
  2. Hackeamento de Senhas: Cibercriminosos empregam IA para aprimorar algoritmos utilizados na quebra de senhas, tornando a adivinhação mais rápida e precisa.
  3. Engenharia Social: Hackers automatizam processos com IA para realizar ataques que induzem usuários ao erro, seja por meio de deepfakes ou phishing.
  4. Envenenamento de Dados: Focado na própria IA, hackers alteram dados de treinamento usados por algoritmos para influenciar as decisões do sistema, dificultando a detecção.

IA na segurança cibernética

A disputa entre a IA dos criminosos e a dos defensores da segurança cibernética já atinge cifras bilionárias. 

A consultoria Allied Market Research revela que a IA na indústria de segurança cibernética movimentou US$ 19,2 bilhões em 2022, prevendo um aumento para US$ 154,8 bilhões em 2032.

Perspectivas futuras e desafios regulatórios

O aumento exponencial dos riscos cibernéticos, impulsionados pela IA, é evidenciado pela previsão da McKinsey de prejuízos anuais de US$ 10,5 bilhões até 2025. O desafio reside em como equilibrar o uso benéfico da IA com a necessidade de regulamentação, enquanto empresas investem significativamente em inovações de segurança digital.

O papel das empresas de tecnologia

Plataformas e aplicativos proliferam em resposta ao fluxo de capital no setor. Fundos de venture capital investiram US$ 187,7 milhões em startups de deepfake apenas no último ano, indicando a expansão acelerada desse mercado. O desafio está na urgência da regulação diante do crescimento vertiginoso dessa tecnologia.

Um duplo gume na Era Digital

A questão não reside na tecnologia em si, que apresenta oportunidades de negócios e utilidade em diversas áreas, mas sim em como ela pode ser explorada por criminosos. Empresas de segurança digital e grandes empresas de tecnologia utilizam a própria IA como uma ferramenta de defesa, cientes dos riscos e da necessidade de mitigar potenciais danos.

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