Noticias

Flávio Dino diz que espionagem ilegal da Abin é modalidade de corrupção

Ao deixar o Ministério da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino afirmou, nesta quinta-feira (25), que a suposta espionagem conduzida pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro é uma “modalidade de corrupção”.

“É importante considerar que é uma modalidade de corrupção quando uma instituição comete uma ilegalidade ou quando membros dessa instituição se apropriam indevidamente dela para praticar ilegalidades. É algo que merece reprovação, observado o devido processo legal”, declarou Flávio Dino à imprensa após receber uma homenagem de entidades da segurança pública.

abin
Imagem: Rádio Mix

Leia mais:

Espionagem ilegal da Abin foi usada a favor da família Bolsonaro, diz Alexandre de Moraes

Alexandre de Moraes autoriza e CGU terá acesso a provas contra Bolsonaro pelo 8/1

Operação para investigar Abin

Nesta quinta-feira (25), a Polícia Federal deflagrou a Operação Vigilância Aproximada para investigar uma “organização criminosa que se instalou” na Abin. O intuito é apurar denúncias de monitoramento ilegal de autoridades públicas, incluindo ministros do STF, utilizando ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem autorização judicial. Um dos alvos da operação é o ex-diretor geral da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, autorizou 21 mandados de busca e apreensão e medidas cautelares de prisão, incluindo a suspensão imediata do exercício das funções públicas de sete policiais federais. No despacho, Moraes destacou que a Abin foi usada para monitorar ilegalmente a promotora de Justiça responsável por investigar os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes.

A ação da PF é uma continuação das investigações da operação Última Milha, que revelou a existência de uma estrutura paralela na Abin utilizada para ações ilícitas e produção de informações para uso político e midiático. Durante as buscas no apartamento de Ramagem, foram apreendidos celulares e notebooks, sendo dois deles ainda pertencentes à Abin, o que gerou estranhamento entre os agentes da PF.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo