Mauro Cid quebra o silêncio e dá detalhes sobre vacinas, joias e golpe em depoimento à PF
Tenente-coronel Mauro Cid contribui com novas informações perante a PF sobre o suposto golpe planejado por Bolsonaro
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-auxiliar de Bolsonaro e delator na operação Golpe do Cibercrime, foi ouvido novamente pela Polícia Federal (PF) e trouxe à luz novos elementos sobre a suposta tentativa de golpe planejada pelo ex-presidente e seu círculo íntimo. Segundo investigadores, Cid também falou sobre vacinas e joias.
O golpe planejado contra o sistema eleitoral
De acordo com os investigadores, Cid afirmou que o grupo associado a Bolsonaro, composto por ex-assessores e militares, haviam sido alertados sobre a inexistência de fraudes nas urnas eletrônicas. Mesmo assim, optaram por manter reuniões e planejar uma estratégia para desacreditar o sistema.
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A tentativa de golpe e a resistência interna
Em seu depoimento, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro reportou que a narrativa de descredibilização do sistema eleitoral foi mantida, pois constituía a principal justificativa para o planejamento do golpe. Cid revelou ainda que o ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, era contra o golpe, conforme evidenciado por mensagens encontradas em seu telefone.
A delação de Mauro Cid
Cid fechou um acordo de delação premiada com a PF em setembro do ano passado, comprometendo-se a fornecer novas informações à polícia para não perder os benefícios desse acordo. Este foi o sétimo depoimento de Mauro Cid à PF, estendendo-se por cerca de nove horas.
O papel de Mauro Cid tem sido de extrema importância na operação. As mensagens em seu celular estão ajudando a traçar o quadro completo do suposto golpe, fornecendo evidências de datas, conversas e planos suspeitos. Com os futuros desenvolvimentos da investigação, espera-se que mais luz seja derramada sobre este episódio preocupante na nossa história recente.
