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“João de Deus” de SP: MP denuncia líder religioso pelo abuso de 16 mulheres

O líder religioso Jessey Maldonado Monteiro, de 49 anos, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), por ter cometido abusos sexuais contra mulheres em um centro religioso localizado no município de Socorro, interior do Estado de São Paulo. O suspeito foi preso no dia 15 de janeiro, pela Polícia Civil, durante a operação “João de Deus Socorrense”.

Devido os abusos cometidos, o líder espiritual de 49 anos responde pelos crimes estupro, violência sexual mediante fraude, importunação sexual e exercício ilegal de medicina. De acordo com o MJSP, o suspeito teria abusado 16 mulheres.

"João de Deus" de SP: MP denuncia líder religioso pelo abuso de 16 mulheres
Imagem: Reprodução/TV Bandeirantes

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A operação para prendê-lo foi batizada em alusão ao caso João de Deus, líder religioso condenado a quase 500 anos por abusos cometidos contra mulheres que frequentavam seu templo espiritual, em Abadiânia, município localizado no interior do Estado de Goiás.

Acusação do MPSP

Além de atuar como líder espiritual em um templo de umbanda, Jessey era chefe do setor de radiologia da Santa Casa de Socorro.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de São Paulo, “Ficou demonstrado que o acusado era integrante de um centro de umbanda e usava sua posição na entidade religiosa para oferecer supostos tratamentos mediúnicos feitos à base de massagens”.

Nesse sentido, o líder religioso teria abusado das mulheres durante esse procedimento. A denúncia é de Rafael Briozo, do MPSP. Apesar das acusações do órgão, Jessey Maldonado alega inocência.

Jessey teria abusado menor, paciente e funcionária do hospital

Entre as 16 vítimas de Jessey Monteiro, está uma adolescente que tinha 17 anos na época dos fatos e teria sido abusada na presença da própria mãe.

De acordo com as investigações, além da menor de idade, o líder religioso também teria atacado uma paciente e uma estagiária do hospital em que ele trabalhava.

Advogada de vítimas relata como eram os casos

A advogada Jéssica Toledo, que representa algumas das vítimas, relatou na época da prisão que a maioria dos casos de abuso acontecia dentro do centro de umbanda.

As investigações apontavam que Jessey tinha a ajuda de uma mãe de santo, que indicava os serviços dele para pacientes que considerava mais frágeis. No local onde fazia os atendimentos, o suspeito dizia ter “poderes superiores”, capazes de curar dores físicas e emocionais. Além do centro, o líder religioso também realizava as sessões em sua própria casa.

Os relatos das vítimas são muito parecidos, de acordo com a advogada. Segundo afirmam, Jessey pedia para que bebessem um copo d’água, alegando que “a água é uma condutora elétrica essencial para a terapia”.

As sessões duravam em torno de duas horas. O homem pedia para as vítimas tirarem o sutiã porque “precisava fazer massagem na região do peito”. “Elas até sentiam dores excessivas, ele apertava muito os peitos delas”, disse a advogada.

De acordo com Jéssica, o suspeito passava muito óleo no corpo das mulheres, principalmente na região da vagina. “Uma delas me relatou que pediu para ir ao banheiro, porque queria parar com aquilo. Ela disse que ficou com a calcinha encharcada de óleo”.

“Elas relatam que ele posicionava as mãos delas de um jeito que ele pudesse encostar o pênis durante a massagem”, afirmou a advogada.

Fonte: Metrópoles

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