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8 de janeiro: possibilidade de novas operações perturba o sono de parlamentares

Após endereços do deputado federal Carlos Jordy serem alvos de mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o clima nos corredores do Congresso é de preocupação. Circula no local a informação de que há a possibilidade de novas operações policiais, mirando simultaneamente meia dúzia de parlamentares, estaria prestes a ser deflagrada.

A possibilidade de novas operações assusta os parlamentares. Tais ações seriam uma extensão da que levou a Polícia Federal (PF) à casa e a gabinetes de Jordy. Na última quarta-feira, 24 de janeiro, em gesto simbólico, ele foi reconduzido ao posto de líder da oposição na Câmara.

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Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

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Deputado já alertou família sobre possibilidade de ser investigado

Um deputado federal de primeiro mandato alertou a família sobre a possibilidade de serem acordados pela Polícia Federal. Ele disse que, após a operação contra Jordy, a tendência é que mais parlamentares, como ele próprio, citado em inquérito, tornem-se alvo.

“Se foram na casa do Jordy porque um manifestante o chamou de ‘meu líder’, imagina com o que está por vir com os outros. Já avisei a todos lá em casa”, disse, sob reserva.

Por ora, não há o receio de prisões preventivas. Mas sim, pela possibilidade de buscas e apreensões de telefones, computadores e documentos, no âmbito da Operação Lesa Pátria.

Como Jordy se tornou alvo?

O inquérito conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mira atos antidemocráticos. Não apenas o 8 de janeiro em si, mas articulações prévias que teriam contribuído para a manifestação que culminou com as depredações. Sendo a investigação é sigilosa, sem que se saiba quais são os elementos de prova, não se sabe para qual lado a caneta de Moraes vai apontar.

Jordy, até onde se sabe, transformou-se em alvo após mensagens trocadas com Carlos Victor de Carvalho. Conhecido como CVC, o suplente de vereador em Campos dos Goytacazes, no Rio, teria articulado protestos antidemocráticos.

CPI do Abuso de Autoridade

Após a operação contra Carlos Jordy, parte da oposição iniciou um movimento para pressionar pela instauração da chamada CPI do Abuso de Autoridade. A comissão parlamentar de inquérito teria objetivo de mirar supostas ilegalidades do Judiciário e de botar uma lupa sobre o ministro Alexandre de Moraes.

Contudo, a instauração da CPI do Abuso de Autoridade é vista com desconfiança até mesmo por críticos de Alexandre de Moraes. Há uma avaliação de que deputados que integrarão o colegiado, sobretudo do Centrão, poderão negociar cargos com o governo Lula para mudar de lado. Por essa ótica, Lula viraria o fiel da balança e se fortaleceria ainda mais junto ao STF.

Dessa forma, a tendência é que o foco da oposição se volte a Rodrigo Pacheco (PSD). O objetivo seria pressionar o presidente do Senado a levar a plenário um pedido de impeachment de Alexandre de Moraes.

Fonte: Metrópoles

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