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Crimes na Idade Média e Moderna: conheça as práticas mais famosas de torturas da Inquisição

Torturas na história: as técnicas mais notórias da inquisição na idade média e moderna

Muitos de nós estão cientes do período sombrio na história da Igreja Católica conhecido como a Santa Inquisição. A perseguição contra aqueles que se opunham ou ameaçavam a hegemonia do cristianismo católico foi uma realidade dura e brutal que definiu a transição entre a Idade Média e Idade Moderna. No centro dessa repressão estava o Tribunal da Santa Inquisição – uma instituição que era responsável por identificar, julgar e punir hereges.

A autoridade dos inquisidores, muitas vezes apoiada pelo poder governamental da época, permitia a perseguição e detenção de indivíduos suspeitos de heresia mesmo com poucas evidências concretas. Os inquéritos geralmente culminavam em julgamentos, nos quais os acusados eram obrigados a confessar seus “crimes” contra a Igreja. Aqueles que não confessavam prontamente podiam ser submetidos a torturas visando forçar a confissão.

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Imagem: reprodução/ Segredos do Mundo

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Métodos de tortura empregados durante a Inquisição

Ao analisar a Inquisição, é importante compreender que os métodos de tortura empregados não eram apenas formas de exercer poder e incutir medo. Estes métodos também eram reflexo de crenças teológicas da época. As atrocidades, apesar de parecerem bárbaras para os padrões atuais, eram consideradas necessárias e justificáveis no contexto histórico e cultural.

Dentre as práticas mais conhecidas e temidas, podemos citar o “potro”. Essa tortura consistia em amarrar o acusado em uma cama de ripas com cordas que eram enroladas com uma haste de metal ou madeira até ferir o indivíduo. Outro instrumento temido era a roda, onde o acusado era amarrado à parte externa desta e colocada sobre um braseiro, causando queimaduras progressivas. Em alguns casos, o fogo era substituído por ferros pontiagudos.

As torturas era uma prática comum na Inquisição?

Sim, além dos métodos já mencionados, outras técnicas horríveis eram utilizadas para forçar a confissão dos acusados. Entre as mais brutais estavam o “pêndulo”, que consistia em suspender a vítima por cordas amarradas aos tornozelos e pulsos, e depois soltá-la de uma altura, causando graves ferimentos. Em um método semelhante, chamado de “polé”, o torturado também era amarrado e tinha as extremidades de seu corpo esticadas violentamente.

Por último, mas não menos terrível, havia a “tortura d’água”. O acusado era amarrado de barriga para cima e um funil era introduzido em sua boca, por onde litros de água eram despejados. Em algumas variações, um pano encharcado era inserido na garganta do torturado, causando asfixia.

Essas cenas aterrorizantes podem chocar a muitos hoje em dia, mas eram aceitas e até supervisionadas por médicos da época, que tinham como responsabilidade garantir que o acusado não viesse a falecer durante a tortura. Naquela época, essas práticas eram vistas como um meio de “salvação” para aqueles que ousavam desafiar os dogmas da Igreja Católica.

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Imagem: Aventuras na História

Redação

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