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Presidente da Samsung já foi preso duas vezes por corrupção, relembre o caso que chocou a Coreia do Sul

Crônica de um escândalo: As prisões do presidente da Samsung e o impacto na Coreia do Sul

Após ter sido capturado no olho do furacão da corrupção, o herdeiro da Samsung, Lee Jae-yong, recebeu no passado sexta-feira o indulto presidencial na Coreia do Sul. O propósito dessa ação é claro: permitir que o vice-presidente da gigante dos smartphones e semicondutores atue, sem restrições, a favor da recuperação econômica do país. Afinal, Lee é figura principal da maior empresa de tecnologia sul-coreana. No entanto, qual será o impacto desse indulto? E o que isso pode representar para o cenário corporativo global?

Para entender melhor, é preciso retroceder um pouco. Em 2017, Lee Jae-yong foi condenado por peculato e suborno, tendo sido posto em liberdade em 2018, após recurso e revisão de acusações. Entretanto, a história não terminou aí: o empresário foi sentenciado a dois anos e meio de prisão em 2021, sendo posteriormente posto em liberdade condicional. Nesse momento, esse passado complicado parece ter sido deixado para trás graças ao indulto presidencial.

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Imagem: reprodução/ Tudo Celular

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Como o indulto a Lee Jae-yong, líder da Samsung, afetará a economia da Coreia do Sul?

O perdão especial concedido por Yoon Suk Yeol, presidente da Coreia do Sul, à Lee Jae-yong, alivia a proibição de que o bilionário ocupe um cargo formal na Samsung por cinco anos. O impacto foi imediato: as ações da empresa subiram 1% em Seul após a notícia. Esse aumento na confiança dos acionistas pode ser apenas o começo de uma recuperação econômica mais ampla, liderada pelo agora liberado vice-presidente da Samsung.

Em resposta ao perdão, Lee afirmou: “Vou trabalhar mais e cumprir meus deveres como empresário”. O herdeiro da Samsung manifestou promessas de continuar investindo e gerando empregos, afirmando que irá “retribuir as expectativas do povo e a consideração do governo”.

O perdão presidencial é isento de controvérsia?

Mesmo com os benefícios econômicos potenciais, a decisão do presidente Yoon não é livre de críticas. Alguns questionam a conveniência do indulto, já que Lee ainda enfrenta julgamento separado sobre uma fusão controversa realizada em 2015, que, supostamente, beneficiou seu controle sobre a empresa. Outros executivos da Samsung, incluindo o próprio Lee, enfrentam acusações de manipulação de ações e perjúrio neste caso ainda pendente.

Independentemente das opiniões divergentes, a decisão do presidente em perdoar Lee Jae-yong abre um novo capítulo na história tumultuada do herdeiro da Samsung. Agora, resta ao herdeiro provar que pode retribuir a confiança nele depositada e liderar a empresa em direção ao crescimento, mesmo em meio a um ambiente econômico altamente volátil e incerto.

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Redação

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