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PRF pede demissão de agente que ensinou como usar viatura como câmara de gás em cursinho

Escândalo policial: Agente é flagrado contando como utilizou spray de pimenta em detido

Um vídeo que gerou polêmica e causou indignação em diversas redes sociais recentemente mostra o agente da PRF Ronaldo Bandeira contando, durante uma aula, como utilizou spray de pimenta em um detido. De acordo com o agente, em uma ocasião, ele e seus colegas utilizaram o spray de pimenta no camburão para conter um detido que estava agressivo.

O policial ainda mencionou que o indivíduo ficou “manso” após a aplicação do spray e começou a gritar que estava morrendo. Demonstrando certa satisfação com a situação, Bandeira disse, rindo, que abriu a porta do camburão, chamou a situação de tortura, e fechou novamente.

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Imagem: Notícias ao Minuto Brasil

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Qual a consequência para o policial envolvido?

Após a repercussão do vídeo, a Corregedoria da PRF localizou a vítima mencionada por Bandeira e confirmou a agressão na abordagem. Diante da atitude do policial e de seu relato em aula, o Ministério da Justiça recebeu um pedido para sua demissão.

No entanto, a defesa de Ronaldo Bandeira declarou que pretende recorrer da decisão, a qual considera desproporcional e abusiva. Alega, ainda, que o vídeo em questão, registrado em 2016, foi tirado de contexto.

Qual foi o relato da vítima?

Segundo a vítima, no episódio descrito na aula, além de usar spray de pimenta, a equipe de Bandeira o agrediu fisicamente. Ele mencionou ainda que um dos policiais disparou uma arma de choque contra ele e que, ao tentar fugir da abordagem, ouviu barulhos de tiro de arma de fogo.

Além do uso do spray de pimenta, a vítima afirmou que os agentes a levaram para outra cidade ao invés de liberá-la e continuaram as agressões. Chegou ao ponto de dizer que quase morreu por causa da ação violenta dos policiais.

O que diz a Corregedoria da PRF?

A Corregedoria-Geral da PRF afirma que a conduta de Bandeira violou o regime dos servidores públicos e que seu comportamento atingiu um “grau máximo de reprovabilidade”. No documento enviado ao Ministério da Justiça, a corregedoria descreve a ação de Bandeira como desrespeitosa, desonesta e pesa sendo que, na ocasião, transformou a ofensa física a um cidadão em motivo de escárnio.

O detido, cuja identidade continuará em sigilo, segue acompanhado pela Corregedoria da PRF, que mantém vigilância contínua sobre todo o procedimento. Este caso reaviva a discussão sobre a conduta policial e a necessidade de maiores restrições quanto ao uso de dispositivos de contenção e força por parte das autoridades.

Fonte: G1

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