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“O Robinho não estuprou ninguém”, diz amigo do ex-jogador

Caso Robinho: Novas declarações sobre o incidente de 2013

Um dos capítulos mais polêmicos e discutidos no mundo do futebol nos últimos anos encontrou um novo momento de atenção quando Clayton Florêncio dos Santos, conhecido como Claytinho, decidiu dar seu depoimento sobre a noite que levou Robson de Souza, o Robinho, a ser condenado por estupro coletivo na Itália em 2013. Esta é a primeira vez que um dos envolvidos diretamente no caso fala abertamente sobre os acontecimentos daquela noite, trazendo novos elementos ao caso que chocou o mundo do esporte.

As alegações de Claytinho

Em entrevista reveladora ao portal Uol, Clayton do Santos procurou oferecer sua versão dos acontecimentos, afirmando que a ocasião foi uma orgia consentida, e não um estupro como foi julgado pela Justiça italiana. Ele admite a presença de sexo com a vítima, uma mulher albanesa com quem afirmava ter contato pelas redes sociais meses antes do incidente.

“O Robinho não estuprou ninguém. Os amigos do Robinho não estupraram ninguém. Participamos de uma orgia. Com a consciência de todo mundo. Teve gente que conseguiu fazer e teve gente que não”, disse.

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Foto: Reprodução/G1

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O estado da vítima

Clayton também detalhou o consumo de álcool pela vítima ao longo da noite, até chegar ao ponto de mal-estar e vômito, levantando questões sobre o consentimento em um estado tão debilitado. “Ela começou a chorar porque estava passando mal”, lembra Claytinho, tentando, desta forma, justificar as ações do grupo sob a premissa do consentimento mútuo.

A defesa de Robinho, apoiada por Clayton, reitera a ideia de que não houve violência ou coação, uma narrativa firmemente contestada pelos tribunais italianos que resultou na condenação de Robinho e de outro envolvido, Ricardo Falco, a nove anos de prisão. Os demais citados por Clayton, inclusive ele próprio, nunca foram oficialmente acusados ou condenados.

Repatriação e prisão

Atualmente, Robinho cumpre sua pena na cadeia de Tremembé, São Paulo, após decisão do Superior Tribunal de Justiça do Brasil, que aceitou a sentença italiana. Este desenvolvimento jurídico acarretou a prisão do ex-atacante, culminando em um desfecho judicial que transfere para o Brasil a responsabilidade pela administração da pena do atleta.

Este caso reacende discussões importantes sobre consentimento, responsabilidade individual e a imagem dos atletas fora dos campos. Enquanto os envolvidos procuram redefinir a narrativa dos acontecimentos daquela noite em Milão, a sociedade segue refletindo sobre as consequências legais e o impacto de tais ações no mundo esportivo e além.

Redação

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