Teste de DNA finalmente resolve mistério sobre serial killer do País de Gales que assombrou o país há 30 anos
Serial killer do País de Gales identificado após 30 anos graças ao DNA
No verão de 1973, três garotas de 16 anos foram brutalmente assassinadas no sul do País de Gales, deixando a região aterrorizada. Conhecido como “estrangulador de sábado à noite”, o assassino permaneceu desconhecido por décadas até que a ciência do DNA conseguiu identificá-lo.
A história real por trás desses crimes chocantes é contada na série britânica Steeltown Murders, que retrata como um método revolucionário de análise de DNA permitiu à polícia encontrar, 30 anos depois, o responsável pelos assassinatos.
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Como o DNA ajudou a resolver o caso?
A polícia do sul do País de Gales começou a reabrir casos arquivados no início dos anos 2000, na esperança de que o DNA pudesse ajudar a identificar os responsáveis por crimes não resolvidos. Exames de DNA nas roupas das vítimas mostraram que um mesmo homem estava envolvido em todos os três assassinatos.
Apesar de não haver correspondência para o assassino no banco de dados de DNA, os cientistas encontraram uma forma pioneira de usar o DNA: buscar por parentes do criminoso. Essa técnica, conhecida como “DNA de família”, permitiu identificar um possível filho do assassino através de semelhanças no DNA.
Quem era o assassino e como ele foi identificado?
Ao cruzar informações, a polícia encontrou o nome Kappen em suas listas de suspeitos. Paul Kappen, que tinha apenas sete anos na época dos assassinatos, tinha seu DNA no banco de dados por envolvimento em crimes. O pai de Paul, Joseph (Joe) Kappen, havia sido interrogado em 1973, mas tinha um álibi e não foi acusado.
Ao comparar o DNA do filho, da ex-mulher e da filha de Joe Kappen com o DNA encontrado nas roupas das vítimas, os cientistas conseguiram estabelecer uma forte ligação entre ele e os assassinatos. No entanto, para confirmar essa suspeita, era necessário obter o DNA completo de Joe Kappen, que havia morrido em 1990.
A exumação de Joe Kappen e a confirmação da culpa
Em maio de 2002, a polícia decidiu dar um passo extraordinário e exumar o corpo de Kappen para coletar seu DNA. Essa foi a primeira vez que um suspeito foi exumado no Reino Unido para provar sua culpa. Com a confirmação do DNA, Joe Kappen foi identificado como o assassino das três meninas, encerrando um dos casos mais emblemáticos da história do País de Gales.
Graças ao avanço científico do DNA e às técnicas de investigação inovadoras, a justiça finalmente foi alcançada para Sandra Newton, Geraldine Hughes, e Pauline Floyd, e suas famílias puderam encontrar um certo conforto e fechar esse doloroso capítulo de suas vidas.
