Imprensa argentina repercute assassinato no Rio de Janeiro; entenda
A Argentina está em luto pela perda de uma de suas cidadãs no último meio de semana. Florencia Aranguren, de 31 anos, foi brutalmente assassinada na cidade de Búzios, localizada na Região dos Lagos no Brasil. O suspeito do crime, Carlos José de França, também de 31 anos, foi preso após o cão de estimação da vítima comportar-se de maneira estranha em sua presença logo após o crime.
Moradora de Búzios, Florencia foi encontrada sem vida, com marcas de facadas, na trilha para a Praia José Gonçalves. O crime, que ocorreu por volta das 8h30 da manhã, chocou a todos na região. A notícia reverberou tanto na mídia local, como nos principais jornais argentinos, gerando uma grande comocão.
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O que a imprensa Argentina tem a dizer?
Os porta-vozes da imprensa argentina estão espalhando a notícia, pedindo por justiça e levantando discussões sobre segurança. O jornal “Clarín”, um dos mais importantes do país, publicou uma manchete impactante: “Horror no Brasil: uma argentina foi morta a facadas em Búzios”. Mariana Aranguren, irmã da vítima, concedeu uma entrevista ao jornal, onde declarou: “Pedimos justiça. Continuem espalhando a notícia para que esse assassino continue na prisão. Estamos conversando com advogados e quando chegarmos faremos uma reclamação”.
Já o jornal “La Nación” destacou em sua cobertura a atitude do cão da argentina, que ajudou na identificação do suspeito do crime. A mensagem foi também espalhada por outros canais de mídia, como os jornais “El Diario” e “Infobae”. Este último relembrou ainda outro trágico assassinato de um argentino – Daniel Barizone, de 65 anos que foi vítima de latrocínio na cidade de Salvador em 2019 – questionando a segurança dos turistas argentinos no Brasil.
E o suspeito?
O suspeito pelo assassinato de Florencia, Carlos José de França, conhece bem o sistema judiciário brasileiro. Ele tem outras cinco passagens pela polícia do estado do Rio e já havia sido condenado pela Justiça de Pernambuco a 15 anos, seis meses e 9 dias em regime fechado, pelo crime de estupro e roubo a uma adolescente no estado nordestino. Após sua prisão, o regime foi convertido em semiaberto.
Atualmente, a investigação do crime está a cargo da 127ª DP (Armação de Búzios), e já estão sendo tomadas todas as providências legais para o esclarecimento do caso. A população local espera que justiça seja feita e o crime não fique impune.
Enquanto isso, a família de Florencia lida com a dolorosa tarefa de reconhecer o corpo da jovem e acompanhar os trâmites para o traslado ao país natal. A notícia do assassinato chegou ao embaixador argentino no Brasil, que estava ciente do crime por volta das 12h da última quarta-feira. Florencia havia chegado ao Brasil apenas quatro dias antes do ocorrido, com o objetivo de estabelecer-se no país.