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Blonde: o que se sabe e o que não se sabe sobre a morte de Marilyn Monroe

Marilyn Monroe, a icônica atriz de Hollywood, protagonista de clássicos como Quanto Mais Quente Melhor (1959), Os Homens Preferem as Loiras (1953), Torrente de Paixão (1953), faleceu subitamente aos 36 anos em agosto de 1962. A causa mortis oficial foi overdose (provável suicídio) ,porém há muitas outras suspeitas envolvendo seu falecimento. 

Sua vida pessoal sempre foi alvo de muita curiosidade na época e até os dias de hoje: seus três casamentos, a luta contra os vícios e o caso com o ex-presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, foram tópicos muito comentados pela mídia.

Na noite do dia 4 de agosto de 1962, Marilyn Monroe foi encontrada morta na sua casa em Los Angeles por sua funcionária Eunice Murray. Eunice teria imediatamente e como primeira atitude, chamado o psiquiatra particular da atriz, Ralph Greenson. Marilyn foi encontrada em sua cama deitada de bruços e nua. Em sua mão direita segurava o telefone, ao lado havia frascos vazios de medicamentos para dormir. 

Nos documentos oficiais a causa da morte consta como “provável suicídio“, porém muitas são as perguntas não respondidas, além de serem várias as contradições.

Jack Clemmons, o primeiro policial a chegar no local, entrou na casa por volta das 5 horas do dia seguinte, domingo. Pelo seu conhecimento, uma overdose por medicamentos deveria causar convulsões e vômitos, mas o corpo de Monroe estava limpo e o quarto arrumado. Segundo ele, a casa também estava extremamente limpa, como se alguém tivesse feito uma faxina recente.

Outro detalhe importante é que não foi encontrado nenhum copo no quarto da atriz. O fato é suspeito, pois é muito improvável que Marilyn tenha engolido quarenta comprimidos a seco de uma vez. 

Além disso, segundo Clemmons, as costas de Monroe estavam bem mais escuras que sua barriga, isso faz deduzir que o corpo ficou durante horas virado para cima e não de bruços como supostamente foi encontrado.

O depoimento de Eunice também está permeado de contradições: ela teria acordado às 3h, visto uma luz debaixo da porta trancada do quarto de Marilyn e ligado para o psiquiatra Greenson. Contudo, em outro momento, ela contou aos policiais que bateu na porta de Monroe à meia noite.

O psiquiatra, por outro lado, teria arrombado a porta e encontrado sua paciente morta às 3h50, porém não ligou para a polícia, mas primeiro chamou o médico particular da atriz. A ligação para a polícia somente ocorreu às 4h25. Segundo eles, queriam antes comunicar o fato à 20th Century Fox. 

No livro “O Assassinato de Marilyn Monroe”, Jack Clemmons afirma: 

Quando pessoas morrem por overdose, minutos antes da morte há perda de consciência, há dor e há contorção. É comum ver o corpo crispado. Nunca se vê um corpo com as pernas bem retinhas. Alguém a matou. Obviamente não foi suicídio, qualquer um poderia ver isso. O que impressiona é o fato de ela estar com uma dose excessiva e letal de medicamentos na sua corrente sanguínea, mas ter o aparelho digestivo limpo é estranho, é necessária uma explicação.

Imagem: Observatório do Cinema – UOL

Autópsia de Marilyn Monroe também gerou suspeitas

Laudos da autópsia de Marilyn confirmaram que a sua morte ocorreu às 20:30h do dia 4.

De acordo com o legista Theodore Curphey, não foram encontrados vestígios de cápsulas da medicação em seu estômago, todavia o cólon apresentava alterações que sugeriam que a ingestão das drogas tenha ocorrido pelo reto. Não havia indícios de injeção no corpo da atriz.

A quantidade de medicação encontrada na corrente sanguínea da atriz seria suficiente para matar até 15 pessoas, no entanto, as amostras de tecido para análise foram perdidas.

Caso de Monroe com John Kennedy

Marilyn Monroe foi vista algumas vezes com o presidente John Kennedy durante as eleições de 1960, e levantaram a suspeita sobre manterem caso. 

Marilyn também teve um affair com o irmão do presidente, Bobby Kennedy que, à época, era procurador-geral dos Estados Unidos. Algumas senhoras que estavam jogando cartas numa casa próxima à de Marilyn, afirmam que no dia 4, aproximadamente por volta das 16h, viram Bobby Kennedy e “um homem com uma maleta de médico” entrarem na residência. 

Robert (Bobby) e Marilyn teriam discutido supostamente por ele quebrar a promessa de que se casaria com ela. Nesse mesmo dia, Marilyn teria ameaçado expor o caso com os irmãos Kennedy, ambos casados e com uma carreira política.

Fonte: Rolling Stone – UOL

Priscila Gonzalez Cuozzo

Priscila Gonzalez Cuozzo é graduada em Direito pela PUC-Rio, especialista em Direito Penal e Criminologia pelo ICPC e em Psicologia pela Yadaim. Advogada e Consultora Jurídica atuante nas áreas de Direito Administrativo, Tributário e Cível Estratégico em âmbito nacional. Autora de artigo sobre Visual Law em obra coletiva publicada pela editora Revista dos Tribunais, é também membro do capítulo brasiliense do Legal Hackers, comunidade de inovação jurídica.

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