Caso Ustasha: conheça o que foi o terror fascista na Croácia durante a Segunda Guerra
Período sombrio da história: Revivendo o reinado de terror do Ustasha na Croácia
Rememorar o passado é fundamental para evitar que os erros cometidos se repitam no presente e no futuro. Nesse sentido, olhar para o período de 1941 a 1945 na Croácia traz à tona uma época aterrorizante, onde um grupo nacionalista de extrema-direita, conhecido como Ustasha, aterrorizou o país com sua ideologia radical. Durante o seu reinado, espoucou uma violência sem discriminação que resultou na morte de inúmeros sérvios, judeus e ciganos.
Embora tenha sido um período curto, as marcas deixadas são profundas e um importante exemplo sobre os perigos do extremismo político. Para entender melhor o cenário e o papel do Ustasha, é preciso analisar o contexto histórico e a cadeia de eventos que permitiram a ascensão de tal grupo ao poder.
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Orígem e Ideologia do Ustasha
Surgiu na década de 1930, fermentado por um nacionalismo croata em ascensão. O partido defendia um estado independente só para croatas, usando até a violência se necessário para alcançar seus objetivos. Seu líder, Ante Pavelic, era um grande influenciador da ideologia, que carregava múltiplos elementos extremistas, racistas, xenofóbicos e antijudaicos, além de uma forte inclinação anticomunista.
Como o Ustasha chegou ao poder?
Em uma manobra inteligente e oportuna, a ascensão ao poder ocorreu durante a invasão nazista à Iugoslávia em abril de 1941. Após a invasão, a Iugoslávia foi fragmentada pelos nazistas com partes do território indo para a Alemanha, Itália, Hungria e outros aliados. Uma parte vibrante do território iugoslavo foi convertida no denominado “Estado Independente da Croácia”, com Ante Pavelic no comando.
O legado de terror do Ustasha
Os anos em que o Ustasha deteve o poder foram marcados por extrema violência e opressão, com as minorias étnicas sendo o alvo principal. A perseguição em particular aos sérvios levou a assassinatos em massa, torturas e humilhações indescritíveis. Este período abominável também assistiu à criação do campo de concentração de Jasenovac, onde até 100.000 pessoas perderam suas vidas.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial e a derrota dos nazistas, o regime Ustasha desmoronou. O poder estava agora nas mãos dos partisans comunistas que estabeleceram a República Socialista Federativa da Iugoslávia. Como nota curiosa, apesar das atrocidades cometidas, Ante Pavelic, o líder do Ustasha, conseguiu escapar e nunca foi julgado pelos seus crimes, morrendo no exílio na Espanha em 1959.