Celebridades são vítimas de esquema de estelionato em São Paulo
Um casal foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) no início de 2023 por aplicar um golpe milionário de estelionato que vitimou diversos investidores, dentre eles, os atores globais Juliana Paes e Murilo Rosa, e o ex-jogador de futebol Luís Fabiano.
O crime que envolvia um esquema de pirâmide financeira ocorreu em 2017 e, após investigações conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público, resultou em sentença no dia 29 de janeiro.
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Como funcionava o esquema
O esquema consistia na promessa de retorno financeiro advindo da compra e revenda de veículos seminovos no mercado — tais carros seriam adquiridos a preços baixos e revendidos a concessionárias com sobrepreço.
As vítimas eram atraídas a fazer aplicação de dinheiro nesse negócio com lucros prometidos entre 4% e 8% ao mês. No início, recebiam algum retorno financeiro, mas o dinheiro provinha de novas vítimas que passavam a integrar o esquema. Segundo a justiça, nenhum veículo foi de fato adquirido.
O veredito e o ressarcimento das vítimas
O ex-casal Alisson Alcoforado de Araújo e a Cleide Pereira de Alencar foram considerados os autores do crime e deverão ressarcir às vítimas os valores investidos. Dentre as quantias significativas estão R$ 460 mil referentes a Juliana Paes e a Murilo Rosa, além de R$280 mil a Luis Fabiano.
Os outros quatro réus envolvidos no caso, identificados como Fernando de Souza Silva, Thiago Prado de Santa Barbara, Patrick Rodrigues de Lima e Leandro Rodrigues de Lima, foram inocentados. A investigação concluiu que eles agiam de boa-fé, acreditando se tratar de um negócio real e sólido.
Reações das celebridades
A atriz Juliana Paes disse em juízo que seguiu conselhos de seu consultor financeiro para entrar no negócio e, após ser informada sobre o golpe, descobriu que havia perdido cerca de R$ 380 mil. Já Murilo Rosa acrescentou que também foi orientado pelo mesmo consultor financeiro e que desembolsou R$ 500 mil.
As investigações continuam e os condenados ainda podem recorrer da sentença. Enquanto isso, as vítimas tentam se reestruturar financeiramente após o golpe.
Fonte: G1
