Violência nas escolas e segurança armada: qual é a solução?

O aumento da violência nas escolas brasileiras, como os ataques ocorridos recentemente em São Paulo e Santa Catarina, resultou em medidas do governo e de autoridades locais focadas na implementação de uma maior segurança armada. Entretanto, a eficácia dessa estratégia é questionável, especialmente quando comparada com experiências internacionais.

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Investimentos em segurança armada nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, os investimentos em segurança armada nas escolas não evitaram novos casos de tiroteios ou mesmo reduziram o número de vítimas. Mesmo com o aumento bilionário em investimentos, o país continua enfrentando episódios trágicos de violência nas escolas. Além disso, os dados mostram que as escolas com seguranças armados tendem a ter um número maior de mortes do que aquelas escolas sem.

Quais as alternativas para desenvolver a segurança nas escolas?

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) defende medidas preventivas e um maior investimento na educação e na valorização dos profissionais, assim como a implementação de ações coordenadas com as famílias e outros órgãos governamentais. A presença de psicólogos nas escolas e um canal aberto para denúncias também são vistos como caminhos alternativos para combater o problema.

O combate às notícias falsas e ao pânico gerado pelo compartilhamento dessas informações é essencial para evitar a sensação de insegurança nas escolas e prevenir o aumento do poder de grupos que apoiam a militarização e o cerceamento da liberdade.

Revogação do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares

Outra medida que poderia contribuir para a prevenção da violência nas escolas é a revogação do Programa Nacional das Escolas Cívico-Militares (PECIM), que vem sendo criticado por diversas entidades em defesa de uma educação pública de qualidade.

O compromisso dos governos com a segurança nas escolas

Apesar das evidências que apontam para a ineficácia da segurança armada nas escolas e das experiências internacionais, pelo menos 22 governadores brasileiros já adotaram essa medida em suas redes públicas de ensino. Para realmente enfrentar o problema da violência nas escolas, é necessário investir em políticas públicas preventivas e cuidar do bem-estar dos estudantes e profissionais, promovendo uma educação de qualidade e contribuindo para uma sociedade mais justa e segura.