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Operação no Rio prende 16 policiais ligados ao jogo do bicho e segurança de Andrade

Operação no Rio mira policiais ligados ao jogo do bicho

Em uma ação mobilizadora na cidade do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (20), uma operação orquestrada pela promotoria local busca desmantelar uma rede de policiais supostamente envolvidos com um dos notórios líderes do jogo do bicho no estado, Rogério de Andrade.

Até o momento, a operação já resultou em 16 prisões confirmadas de um total de 19 policiais militares e um policial penal visados pelos mandados.

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Foto: Paulo Carneiro/Estadão

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Forças em conjunto contra o crime organizado

A operação, que recebe apoio direto da Polícia Militar, tem como foco a captura de 18 policiais da ativa e um reformado. Estes são acusados de fazer parte do esquema de segurança armada de Andrade, um nome já conhecido das autoridades e atualmente sob monitoramento por tornozeleira eletrônica devido a acusações anteriores de liderança em organização criminosa.

Andrade, além de suas atividades ilícitas, é conhecido por seu envolvimento com a cultura local como patrono da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel, posição que tradicionalmente financia a escola.

A legalidade confronta

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) notificou que o agente penal envolvido na operação encontra-se inativo desde 2016, evidenciando uma rede de apoio ao crime que transcende os limites da atuação ativa dos agentes da lei. Isso levanta preocupações sobre a extensão do envolvimento de autoridades com atividades criminosas e os desafios enfrentados pelos órgãos de combate ao crime organizado.

O advogado de Rogério Andrade, André Luís Callegari, ressaltou em nota a decisão do STJ que devolveu a liberdade ao seu cliente, corrigindo, segundo ele, uma falha da Justiça do Rio de Janeiro que havia se baseado em provas consideradas inadequadas para o processo.

Rumo à justiça

Para além dos mandatos de prisão, a operação inclui mais de 50 mandatos de busca e apreensão, visando residências dos envolvidos e possíveis locais de operação dentro da rede do jogo do bicho. Os presos estão sendo encaminhados para delegacias da capital, enquanto os objetos apreendidos, que incluem quantias em dinheiro, estão a caminho da sede da Promotoria.

Esta operação sublinha o contínuo esforço das autoridades brasileiras no enfrentamento ao crime organizado, mostrando o comprometimento em desbaratar redes que, infelizmente, ainda contam com o apoio de integrantes das forças de segurança do estado. A operação segue em desenvolvimento, com a expectativa de mais atualizações em breve.

Fonte: Folha de São Paulo

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