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Ataque em escola no Paraná: professor que imobilizou atirador passou por treinamento, diz governador

Segundo Ratinho Junior, governador do Paraná, há relatos preliminares de que o ex-aluno de 21 anos que foi responsável pelo ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, foi neutralizado por um professor que recebeu treinamento específico sobre como lidar com situações de ataques em escolas.

O incidente ocorreu por volta das 9h e resultou na morte de uma estudante de 16 anos, enquanto outro aluno da mesma idade está em estado gravíssimo e internado. O agressor foi detido e encaminhado para uma cidade vizinha de Londrina (PR).

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A Secretaria de Estado da Educação (Seed) informou que o primeiro Treinamento de Segurança Escolar Avançado nas escolas estaduais foi realizado em março, em um colégio de Curitiba. Durante esse treinamento, foram realizadas simulações de invasão, utilizando simulacros de armas brancas e de fogo. Com base nessa simulação, foi criado um material em vídeo que foi distribuído para todas as escolas da rede estadual, incluindo as escolas em Cambé.

De acordo com a Secretaria de Educação (Seed), a simulação foi realizada com a participação de aproximadamente 20 instrutores das forças de segurança, que instruíram alunos e professores sobre medidas de emergência. A ação foi organizada em conjunto pela Seed e pela Polícia Militar, por meio das equipes do Batalhão de Patrulha Escolar Comunitária (BPEC) e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Durante a mesma entrevista, Ratinho Junior declarou que é necessário aguardar a conclusão da investigação sobre o ataque em Cambé para compreender as circunstâncias do crime e analisar quais medidas poderão ser adotadas. Segundo ele, a Polícia Militar chegou rapidamente ao local. O ataque resultou na morte de uma aluna de 16 anos e deixou outro estudante da mesma idade ferido.

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Fonte: ISTOÉ Independente

De acordo com um comunicado divulgado pela direção do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU-UEL), onde o adolescente está internado, o estado de saúde dele é gravíssimo. “Atualmente, ele está em estado gravíssimo, recebendo assistência ventilatória, sedado, sendo monitorizado e passando por exames laboratoriais e tomografia computadorizada de crânio, sendo avaliado pela equipe de neurocirurgia”, informou o hospital.

Anteriormente, o Governo do Paraná emitiu uma nota informando que o atirador entrou na escola alegando que solicitaria seu histórico escolar. O governador decretou um luto oficial de três dias e lamentou o ocorrido. “É extremamente difícil prever uma tragédia quando um ex-aluno entra na escola para solicitar seu histórico escolar. É diferente de alguém que pula o muro e invade.”

O incidente ocorrido no Paraná é pelo menos o terceiro ataque registrado em escolas este ano

O incidente ocorrido nesta segunda-feira no Paraná é pelo menos o terceiro ataque registrado em escolas este ano com mortes e gerando comoção nacional. No dia 5 de abril, um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e tirou a vida de quatro crianças. As vítimas, com idades entre 5 e 7 anos, eram três meninos e uma menina. O agressor usou uma machadinha e um canivete durante o ataque, conforme relato do tenente Márcio Filippi, comandante do 10º BPM (Batalhão da Polícia Militar). Segundo o investigador, o assassino chegou à escola de moto, pulou o muro e selecionou as vítimas de forma aleatória. Ao perceber que as professoras correram para proteger as outras crianças, ele tentou fugir saltando novamente o muro, mas logo se entregou às autoridades.

Em 27 de março, a professora de ciências Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, foi morta em um ataque ocorrido na escola estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo. Ela era conhecida por seu amor às filhas e aos netos. Um aluno de 13 anos a atacou pelas costas com uma faca. O agressor também feriu dois alunos e outras três professoras. O adolescente, que cursava o 8º ano do ensino fundamental na escola, foi apreendido.

Fonte: Folha de São Paulo

Daniele Kopp

Daniele Kopp é formada em Direito pela Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e Pós-graduada em Direito e Processo Penal pela mesma Universidade. Seu interesse e gosto pelo Direito Criminal vem desde o ingresso no curso de Direito. Por essa razão se especializou na área, através da Pós-Graduação e pesquisas na área das condenações pela Corte Interamericana de Direitos Humanos ao Sistema Carcerário Brasileiro, frente aos Direitos Humanos dos condenados. Atua como servidora na Defensoria Pública do RS.

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