Conflito Israel-Palestina: raízes profundas e semelhanças genéticas

Em 29 de novembro de 1947, a Organização das Nações Unidas aprovou a resolução 181, que propôs a criação de dois Estados separados na Palestina, um para os judeus (Israel) e outro para os árabes (Palestina). Contudo, desde então, o território dominado por Israel expandiu-se muito mais do que a ONU inicialmente propôs. Para compreender este embate complexo e contínuo, precisamos retornar a cerca de 1850 a.C., elucidando as raízes históricas e culturais comuns a ambos os povos.

Segundo relatos históricos e religiosos, ambos os povos são descendentes de Abraão, uma figura religiosa significativa pertencente à antiga cidade de Ur, na Mesopotâmia (atual Iraque). Abraão teve dois filhos, Ismael e Isaac, e seus descendentes acabaram formando os povos árabes e judeus, respectivamente. A semelhança cultural, linguística e de aparência entre estes povos, mesmo estando hoje em lados opostos em termos políticos internacionais, tem sido confirmada por estudos científicos.

LEIA MAIS:

Após ameaças, por que ex-assessor diz ter lavrado conversas com filho de Bolsonaro em cartório?

Justiça ouve testemunhas sobre envolvimento de Maxwell na morte Marielle Franco

O que a ciência diz sobre as semelhanças entre árabes e judeus?

Em 2000, cientistas europeus, israelenses e africanos coletaram cromossomos de 1,3 mil homens de árabes e judeus em mais de 30 países. Os resultados da pesquisa concluíram que os árabes e judeus possuem DNA idêntico. Portanto, é plausível afirmar que, muito embora árabes e judeus estejam em lados opostos no atual cenário internacional, eles são geneticamente semelhantes, descendendo de uma mesma tribo que viveu no Oriente Médio por volta de 4000 a.C., muito antes de Abraão.

Como o conflito atual entre Israel e Palestina começou?

A tão comentada tensão moderna entre árabes e judeus teve seu núcleo de conflito no início do século 20. A disputa pela supremacia na Terra Santa (a antiga Canaã), que hoje corresponde a Israel, os territórios palestinos e partes do Líbano, pelo controle territorial detonou com a criação do Estado de Israel, em 1948. Este evento é configurablemente uma das peças mais importantes nas disputas estratégicas travadas durante a Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética.

Por que o conflito ainda persiste?

Apesar da queda do Muro de Berlim há anos, a tensão entre árabes e judeus não perdeu força ou relevância. Com efeito, esta luta ainda é significative e tem influência considerável no cenário geopolítico global. Nos últimos anos, as ações de retaliação e violência aumentaram, tornando a busca por paz ainda mais desafiadora.

Reconhecendo todas as divergências e conflitos entre os povos árabes e judeus, é importante lembrar suas origens e semelhanças genéticas, as quais fortalecem a necessidade de diálogo e resolução pacífica de disputas territoriais e políticas.