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Faraó das Bitcoins é condenado e recebe multa de R$ 102 milhões

CVM julga o Faraó das Bitcoins

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) julgou na última terça-feira (29) um processo administrativo contra acusados de participar do esquema fraudulento de Glaidson Acácio dos Santos, mais conhecido como o “Faraó das Bitcoins”.

O processo administrativo instaurado pela CVM veio depois que  a “Operação Kryptos”, da Polícia Federal, deflagrada em agosto de 2021, constatou indícios de que a empresa do Faraó das Bitcoins estaria oferecendo contratos de investimento coletivo, mais conhecido como ‘esquema de pirâmide’.

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Glaidson dos Santos, o “Faraó das Bitcoins” e Mirelis Yoseline Diaz Zerpa

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O que decidiu a CVM sobre o processo contra o Faraó das Bitcoins

Além de Glaidson, também eram réus na ação a G.A.S. Consultoria e Tecnologia Ltda, empresa do “Faraó dos Bitcoins”, e Mirelis Yoseline Diaz Zerpa (mulher de Glaidson). Ele foram investigados por suposta oferta pública de valores mobiliários sem registro e/ou dispensa da CVM, e operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários.

Glaidson, sua mulher e a G.A.S foram condenados por unanimidade a pagar uma multa de R$ 34 milhões, cada um, o que soma R$ 102 milhões, pela acusação de realização de oferta pública de valores mobiliários sem registro e/ou dispensa da CVM.

Além disso, a CVM também aplicou a eles a penalidade de ficarem proibidos por 102 meses (8 anos e meio), cada um, de atuar, direta ou indiretamente, em qualquer modalidade de operação no mercado de valores mobiliários brasileiro, pela acusação de operação fraudulenta no mercado de valores mobiliários.

Acusações criminais

No âmbito criminal, Glaidson, a G.A.S e Mirelis são acusados de crimes contra o sistema financeiro nacional e de organização criminosa. Na denúncia do Ministério Público Federal, as autoridades apontam que a operação irregular do “Faraó dos Bitcoins”, teria movimentado entre 2015 e 202 mais de R$ 38 bilhões em operações realizadas com 6.249 pessoas físicas e 2.727 pessoas jurídicas.

Atualmente, Glaidson Acácio dos Santos está preso preventivamente na penitenciária de Catanduvas. Já sua esposa, está foragida.

O que diz a defesa

Por meio de nota, a defesa de Mirelis criticou a decisão da CVM:

Repudiamos veementemente a decisão da CVM de impor sanções contra a Sra. Mirelis Diaz Zerpa por um motivo muito simples: embora ela seja sócia de uma das empresas mencionadas na decisão, Mirelis jamais participou de qualquer ato de gestão ou administração relacionado às empresas identificadas como membros do ‘Grupo GAS’. A defesa esclarece que representa a cliente exclusivamente em casos de natureza criminal. No entanto, dado que essa decisão pode ter consequências ainda mais absurdas no processo em que a defendemos, e considerando que a decisão foi tomada sem que nossa cliente tivesse a oportunidade de se defender, questionamos integralmente seus fundamentos. Medidas legais serão adotadas para a correção de todos os abusos contra Mirelis Diaz.

Fonte: G1

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