Alívio! Fontes de Césio-137 furtadas de mineradora são encontradas e passarão por perícia
Na tarde de segunda-feira (10), a Polícia Civil de Minas Gerais divulgou que as duas caixas contendo Césio 137, que foram roubadas em Nazareno (MG), foram encontradas em São Paulo (SP). As caixas foram localizadas em uma empresa de sucatas na capital paulista, a 432 milhas do local do furto, e estão sendo rastreadas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). A CNEN informou que as fontes serão levadas ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) para avaliações em relação à integridade, níveis de radiação, condições de uso e outros aspectos.
Leia mais:
Madeleine McCann: detetives atualizam o caso após vasculharem reservatório
Descubra para qual presídio vai Monique Medeiros após audiência de custódia
As considerações estão em andamento pela PCMG de forma confidencial, para esclarecer completamente o incidente. A empresa AMG Brasil, responsável pelas fontes de césio, foi informada sobre a localização das caixas furtadas. A polícia ainda não informou como as cápsulas foram parar naquele local. A AMG Brasil, por meio de comunicado, revelou que os equipamentos foram encontrados em um estabelecimento comercial de venda de sucatas em São Paulo. A empresa seguirá as orientações e diretrizes de manipulação e segurança protegidas pela CNEN ao encaminhar os equipamentos para a AMG Brasil.
A AMG Brasil informou que está conduzindo uma investigação interna para apurar os fatos relacionados ao roubo das fontes de Césio
A AMG Brasil também informou que está conduzindo uma investigação interna independente, para apurar os fatos relacionados ao roubo das fontes de Césio e implementar medidas de melhoria e redução de riscos em seus processos internos de controle. Segundo a mineradora, os equipamentos desapareceram em 29 de junho e, assim que perceberam o furto, acionaram a polícia e registraram um boletim de ocorrência. Além das autoridades policiais, técnicos do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear (CDTN), uma unidade da CNEN em Minas Gerais, aguardaram no local na sexta-feira (30/06) para obter todas as informações sobre o incidente e examinar as ações dos técnicos de proteção radiológica da empresa.
Os especialistas da CNEN estão permanecendo no local, oferecendo suporte nas atividades de busca para encontrar as fontes seladas que foram extraviadas. A empresa de mineração possui uma licença regular da CNEN e tem permissão para operar até 30/12/2025. De acordo com a agência, essas fontes de Césio-137 possuem uma atividade cerca de 300 mil vezes menor do que aquela do acidente em Goiânia. Além disso, essas fontes são feitas de material cerâmico, o que significa que mesmo se fossem violadas em seus invólucros de aço inoxidável duplo, elas não se dispersariam como a fonte do acidente de 1987.
A Agência Internacional de Energia Atômica classifica essa fontes de Césio-137 como não perigosas
Essas fontes são classificadas como não perigosas pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Portanto, não se espera que haja efeitos graves na saúde caso haja contato com elas. No entanto, é importante continuar a busca para recuperá-las e evitar mutações desnecessárias. Desde o dia em que o desaparecimento foi relatado, os técnicos da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) realizaram buscas pelas cápsulas de Césio-137 que desapareceram de uma mineradora em Nazareno. Em colaboração com policiais civis e militares ambientais, eles realizaram uma busca com detectores de radiação em uma área de mais de 300 hectares da empresa.
De acordo com a CNEN, outra equipe foi enviada do Rio de Janeiro para Nazareno com o objetivo de investigar as circunstâncias do desaparecimento e avaliar as condições de segurança atuais da empresa. Segundo a Comissão Nacional de Energia Nuclear, com atividade individual de 5 mCi, elas compunham equipamentos medidores de densidade, sendo classificadas como de categoria 5, de baixo risco. Vale ressaltar que um milicurie (mCi) equivale a um milésimo de um Curie.
Fonte: CBN
